Perdão adiado: Custou, mas foi. António Costa pediu, enfim, desculpa aos portugueses, num ato de contrição tão inevitável quanto tardio, executado, ontem, no Parlamento. Mas fê-lo depois de aceitar a demissão da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, pressionado pelas palavras do presidente da República e numa altura em que a crise política está efervescente. Encurralado e, agora sim, sem margem de manobra, sob pena de ter de assumir a responsabilidade sozinho, o primeiro-ministro aceitou a carta do adeus. Nunca saberemos como teriam sido as coisas se a saída da ministra tivesse acontecido logo após a tragédia de Pedrógão Grande, mas constatamos que à segunda não há escapatória possível.
Vitor Santos/JN
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