sexta-feira, outubro 03, 2008

Amália Rodrigues: Aniversário da sua morte - 06 de Outubro


AMÁLIA RODRIGUES faleceu a 6 de Outubro de 1999.

Incrível coincidência com o dia de Amália Rodrigues em Toronto, oficializado pelo presidente da Câmara aquando de um seu concerto em 1985 nesta cidade.

Muito se escreveu e continuar-se-á a escrever sobre Amália Rodrigues, por isso, para não sermos repetitivos e cairmos em exagero (por tanto querer bem) à 'Diva do Fado', transcrevemos a parte final do livro 'AMÁLIA' do biógrafo Vítor Pavão dos Santos (1987), onde Amália dá uma lição de dignidade.

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..."E tenho a certeza que faço parte da divulgação de Portugal. Não fiz de propósito, não fui para fora para representar Portugal. Fui para fora porque canto. Mas muita gente veio a Portugal por minha causa, muita gente apreendeu a falar português por minha causa, muita gente canta as minhas coisas em muitas partes do mundo. Isso quer dizer que contribuí para a divulgação de Portugal. Se é nesse ponto, se me voltarem a cultura ao contrário, que cultura para mim sempre foi saber-se muitas coisas, talvez compreenda.

De resto, a minha história é igual à de milhões de pessoas. A única coisa que interessa é aquilo que fiz como artista. Tive uma carreira muito rápida, tive muita gente atrás de mim, a ouvir-me cantar.

E agora, passados estes anos todos, se vou cantar a todo o mundo e me correm sempre as coisas bem, cheguei à conclusão que alguma razão eles tinham, senão já eu tinha morrido como artista.

Mas quando fizerem a minha história e eu já não for viva para dizer como foi, então é que se vão fartar de inventar. Mesmo falado por mim, muita gente dirá que não é verdade, que os boatos é que são a verdade. Uma pessoa é dona de si própria. Se fosse essa a verdade não me importava que falassem. O que me irrita é a mentira. Mas sei que minha história vai ser aquela que escolherem, aquela que é a mais interessante, aquela que não é a minha."

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Mano Belmonte






Museu do Fado mais tecnológico...


Às 16h00 de ontem, hora prevista para a reabertura do Museu do fado, em Alfama, várias dezenas de pessoas esperavam à porta para estarem entre os primeiros a ver o renovado espaço lisboeta que, além do evidente embelezamento, entrou definitivamente na era da tecnologia...
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Adaptação: Mano Belmonte // manoamano@sympatico.ca
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