
segunda-feira, janeiro 26, 2009
O talento não se compra...não se vende...

Um vídeo-clip de uma série aquando da 'tourné' em Portugal da - Revista à Portuguesa - "Aldeia da Roupa Suja"- 2008.
* * * *
Email:
Amigo Zé Luis
Respeito-o como artista: argumentista, encenador, cenógrafo, actor. Admiro as suas capacidades organizativas como produtor. Mas, acima de tudo, estimo-o como pessoa. Você é um combatente, que persiste em vencer todos os obstáculos, sejam os da esfera pessoal, que são muitos; os relacionados com a carência de meios-dinheiro, instalações adequadas, actores com talento; as más vontades do costume provindas dos falsos moralistas, dos invejosos e mesquinhos. Você consegue do pouco fazer muito e dar-nos, nem que seja uma vez no ano, umas poucas horas de boa disposição que nos arredam dos problemas que nos afligem no nosso dia-a-dia. Bem haja.
As mãos, a cabeça, não lhe dôam.
As imagens que aqui envio são um humilde tributo que este seu Amigo presta ao seu enorme talento.
Com amizade
Antoni

A VIDA
Por Carlos Drummond de Andrade
Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advêm das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos porquê?. Porque automáticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostriamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente connosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais !!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
Pesquisa e adaptação: Mano Belmonte
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Por Carlos Drummond de Andrade
Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advêm das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos porquê?. Porque automáticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostriamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente connosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais !!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
Pesquisa e adaptação: Mano Belmonte
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