quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Frase do Dia

NÃO DIGAS "PAI NOSSO" SE NÃO TE COMPORTAS CADA DIA COMO UM FILHO, NEM TRATAS OS DEMAIS COMO IRMÃOS"
(Autor desconhecido)

Foto do Dia


OS BAILARINOS DE FLAMENCO ESPANHÓIS SARA BARAS E JOSÉ SERRANO ACTUAM DURANTE UMA APRESENTAÇÃO AOS MEDIA DO ESPECTÁCULO 'CARMEN' NO TEATRO CENTRAL DE MADRID.
(Juan Medina.Reuters/CM)

D. NUNO ÁLVARES PEREIRA ( II )


PORQUE ESCOLHEU O BEATO NUNO OS CARMELITAS ?

II

Durante mais de um século, o convento de Moura continuou a ser o único que os Carmelitas possuíam em terras lusitanas, até à intervenção do imortal Condestável D. Nuno Álvares Pereira, o instrumento por Deus escolhido para dar nova vida a Portugal e ao Carmo português. As glórias e grandezas conquistadas nos campos de Aljubarrota e Valverde, realizando a libertação da sua Pátria estremecida, Nuno as depôs humildemente aos pés da Virgem, orando pelo desapêgo a libertação da sua própria alma. Num poema de pedra e granito externou a sua gratidão para com Nossa Senhora, construindo em sua honra uma magnífica igreja gótica e um mosteiro para os religiosos que seriam chamados para o culto divino. A igreja devia ser a mais bela e espaçosa de toda a Côrte. E Nuno conseguiu realizar o seu piedoso sonho.
A primeira pedra foi lançada em 1389, no mês de Julho, e alguns anos mais tarde as obras estavam tão adiantadas que o Condestável podia revelar o segunda parte do seu grandioso projecto: a escolha dos religiosos que haviam de cantar os louvores da Virgem Maria em tão monumental igreja: os Carmelitas de Moura.
Nos meados do último decénio do século XIV, dirige uma carta, "encantadora de forma, de estilo e de espírito português", ao Vigário Geral Dr. Frei Afonso de Alfama, então Prior de Moura, comunicando-lhe a sua resolução de inaugurar a igreja e o mosteiro e, referindo-se a entendimentos anteriores, pede que sejam agora enviados os frades que haviam de morar no novo convento. Eis o teor da carta, transmitida por D.Nuno e na nossa acomodação:

"Ao mui honrado Frei Afonso de Alfama, Vigário Geral do Mosteiro de Santa Maria de Moura; Salvé Deus !
Antes de tudo beijo o vosso santo escapulário, dom extremado da Mãe de Deus, que o trouxe do Céu, para a defesa dos seus frades, pela muita afeição que lhes devia desde sua vida; e desde então aprouve-lhe que não fosseis mais ofendidos pelos maus nas terras onde estáveis. Tudo isto merecestes pela vossa vida exemplar que agrada à bendita Mãe do Carmo.
Sabei que por ora vos rogo aquilo de que vos falei e que éde grande serviço para Deus e sua santa Mãe, que me fizeram grandes graças e favores. E por tudo que recebi estou fazendo este mosteiro para Maria Santíssima, o qual, graças a Deus, vai bem adiantado, com os bens que o mesmo Senhor me deu. E como quer que desde o começo determinei que nele estivessem frades, or freiras do meu agrado, o que, segundo creio, já vos contei, agora vos peço e rogo, como mercê, que venhais para maior serviço de Deus e de sua Mãe, que do alto estarão olhando para tudo que em sua glória fizerdes. Além disso vos rogo que o Dr. Frei Gomes, que boa e merecida fama tem, venha como prior dos outros frades, pois que assim agrada a meu Rei e Senhor, que me falou de sua vointade de, quando este mosteiro, combinar em tudo comigo e de auxiliar-me conforme a minha intenção.
E podereis trazer os frades, até ao número que antes vos disse, e que sejam bons, portugueses fiéis à Pátria, do modo que vos perecer melhor, pois sois o Superior deles na Religião.
Como, segundo a vossa lei, não comeis carnes e tendes jejuns muito prolongados, não achareis aqui falta de provisão, porque ficará aos meus cuidados dar-vos comida e roupa suficientes, pois do que é meu, e do que Deus e o Rei meu Senhor me deram, posso fazer mercê, e isto é tornar a ele o que antes me concedeu.
E por circunstância alguma deixai de vir imediatamente depois de meu pedido, para fazerdes todos os serviços sacerdotais para o tempo que estiverdes aqui neste mosteiro encarregados da sua cura espiritual, pois haverá bastante lugar para fazerdes a vossa oração e onde podeis viver retirados no silêncio da vossa regra, que vos como corre a fama, deram tão grandes merecimentos diante de Deus. E por ora não tenho mais que dizer.
Escrita em Lisboa, no primeiro de Janeiro, no ano da Era mil quatrocentos e trinta e tal". (1)

(1) - Começando a Era de César 38 anos antes da nossa, a carta podia ser escrita entre 1394 e 1401 -

Pesquisa e texto: Mano Belmonte

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Piada da 'santa' ignorância...


QUEM ESCREVEU OS LUSÍADAS ?

NUMA MANHÃ, A PROFESSORA PERGUNTA AO ALUNO:
-DIZ-ME LÁ QUEM ESCREVEU "OS LUSÍADAS"?
O ALUNO, A GAGUEJAR, RESPONDE:
-NÃO SEI, SRA PROFESSORA, MAS EU NÃO FUI.
E COMEÇA A CHORAR. A PROFESSOR, FURIOSA, DIZ-LHE:
-POIS ENTÃO, DE TARDE, QUERO FALAR COM O TEU PAI.
EM CONVERSA COM O PAI, A PROFESSORA FAZ-LHE QUEIXA:
-NÃO PERCEBO O SEU FILHO. PERGUNTEI-LHE QUEM ESCREVEU "OS LUSÍADAS" E ELE RESPONDEU-ME QUE NÃO SABIA, QUE NÃO FOI ELE...
DIZ O PAI :
-BEM, ELE NÃO COSTUMA SER MENTIROSO, SE DIZ QUE NÃO FOI ELE, É PORQUE NÃO FOI. JÁ SE FOSSE O IRMÃO...
IRRITADA COM TANTA IGNORÂNCIA, A PROFESSORA RESOLVE IR PARA CASA E, NA PASSAGEM PELO POSTO LOCAL DA G.N.R., DIZ-LHE O COMANDANTE:
-PARECE QUE O DIA NÃO LHE CORREU MUITO BEM...
-POIS NÃO, IMAGINE QUE PERGUNTEI A UM ALUNO QUEM ESCREVEU "OS LUSÍADAS" RESPONDEU-ME QUE NÃO SABIA, QUE NÃO FOI ELE, E COMEÇOU A CHORAR.
O COMANDANTE DO POSTO:
-NÃO SE PREOCUPE. CHAMAMOS CÁ O MIÚDO, DAMOS-LHE UM "APERTO", VAI VER QUE ELE CONFESSA TUDO !
COM OS CABELOS EM PÉ, A PROFESSORA CHEGA A CASA E ENCONTRA O MARIDO SENTADO NO SOFÁ, A LER O JORNAL. PERGUNTA ESTE:
-ENTÃO O DIA CORREU BEM ?
-ORA, DEIXA-ME CÁ VER. HOJE PERGUNTEI A UM ALUNO QUEM ESCREVEU "OS LUSÍADAS". COMEÇOU A GAGUEJAR, QUE NÃO SABIA, QUE NÃO TINHA SIDO ELE, E PÔS-SE A CHORAR. O PAI DIZ-ME QUE ELE NÃO COSTUMA SER MENTIROSO. O COMANDANTE DA G.N.R. QUER CHAMÁ-LO E OBRIGÁ-LO A CONFESSAR .QUE HEI-DE FAZER A ISTO ?
O MARIDO, CONFORTANDO-A:
-OLHA, ESQUECE. JANTA, DORME E AMANHÃ TUDO SE RESOLVE. VAIS VER QUE SE CALHAR FOSTE TU E JÁ NÃO TE LEMBRAS...!

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Nova ortografia só no fim do ano...

O acordo Ortográfico só deverá entrar em vigor após o 1.o semestre do ano, ao contrário do que o ministro da Cultura, Pinho Ribeiro, admitiu ontem, apurou o CM...

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Adapt: Mano Belmonte
manoamano@sympatico.ca