domingo, outubro 25, 2009

Crónica do Canadá


CRÓNICA DO CANADÁ

As Contradições da Liberdade

Vivemos num tempo em que se aprecia a liberdade e se luta apaixonadamente por ela. Quem não sente a felicidade em dizer: sou livre? É porque de facto, há situações, ambientes e pessoas que impedem outros de serem livres.
Mas, ao mesmo tempo, também existe uma grande confusão acerca do que é ser livre e do uso que cada um faz da liberdade. Se olharmos para a vida concreta das pessoas, verificamos que com a liberdade se podem fazer coisas maravilhosas e coisas negativas e horrendas. Por exemplo: Que fez Madre Teresa de Calcutá com a sua liberdade? E que faz um assassino ou criminoso com a sua liberdade?
Afinal o que é ser livre?
Alguns identificam a liberdade com independência de tudo e de todos, com capricho, apetite, isto é, fazer o que apetece, sem mais. Muitos desejariam ser livres da autoridade dos outros, de responsabilidades determinadas, de obrigações familiares, profissionais e sociais, etc. Pode-se chamar a isto liberdade autêntica?
Vericamos então que o homem pode usar a liberdade para o bem, e para o mal, para o melhor e o pior, para a paz ou a violência...Pode usá-la de modo anárquico e destruidor ou de modo responsável e construtivo. Então a liberdade não é indiferente a determinados valores. Somos nós que lhe damos orientação em função de um projecto de vida. Portanto, somos responsáveis pela nossa liberdade e pelo uso que fazemos dela. Somos chamados a optar, a escolher a orientação, o projecto a dar à liberdade, e a escolha implica também renúncia àquilo que não corresponde à dignidade da pessoa humana, ao seu crescimento no bem e na verdade. O contrário é abuso da liberdade que vem a tornar-se renúncia à verdadeira liberdade.
Uma liberdade sem orientação (projecto), sem norte, sem conteúdo é desorientada, desnorteada, vazia. É aparência de liberdade. É-se livre quando se opta por ser mais homem, mais pessoa.
Não existe verdadeira liberdade sem responsabilidade. Será livre aquele que faz o que lhe dá na real gana? Ou aquele que dá uma orientação à sua liberdade?
Para ser livre, o homem tem de optar entre viver de acordo com um ideal, um projecto ou viver à deriva, desnorteado.
Entendemos melhor o alcance prático das coordenadas da liberdade cristã se as confrontarmos com as forças que se lhe opõem, ou seja, se pusermos em contraste a verdadeira liberdade cristã que nos oferece e as falsas liberdades a que somos tentados.

Pensamento da Semana
"Não são as más ervas que sufocam o grão, é a negligência do cultivador"
(Confúncio)

Mano Belmonte
manoamano@sympatico.ca
http://manobelmontecantor.blogspot.com

Viagem a Marte só em 39 dias...


Uma missão tripulada a Marte é um desafio avassalador que se situa quase no limite das capacidades tecnológicas actuais...


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Adapt: Mano Belmonte

Aranha de 16 centímetros cria teias douradas...


Uma equipa de investigadores do museu de História Natural Smithsonian e da Academia de Ciências da Eslovénia descobriu uma nova espécie de aranha com 16 centímetros, na África do Sul...

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Adapt: Mano Belmonte

CRÓNICA DE COIMBRA


E nós, encolhemos os ombros!

O drama português é o empobrecimento absoluto e relativo. É sermos campeões da falta de grandezas. Manuel da Fonseca, um dos maiores escritores portugueses do século XX, costumava dizer: "Portugal é o país que há, e os portugueses são o povo que se arranja".

Portugal está "embrulhado" em mentiras, em falsificações e "untado" de corrupção. Anda entretido com o "fado choradinho" e está-se a "marimbar" para o desemprego e para o défice. A questão é simplesmente que os portugueses deixaram de olhar para fora. Só contemplam o seu umbigo. Obviamente, é no domínio polítido que mais emerge a tentação e o uso do poder, ao ponto de estar bem consagrada a proposição "o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente".
Os políticos manipulam a nossa benevolência, prometem-nos melhorias, cavalgam as nossos mais rústicas e asseadas esperanças. "A táctica de criar papões e inimigos difusos e sujos parece que dá resultado a arregimentar e excitar os fiéis, mas revela um soberano desprezo pela inteligência do eleitorado, já muito causticado, coitado dele". Eles, não fazem ideia da causa da pasmaceira, como mostram os discursos de ministros e candidatos. Nemhum anda sequer próximo de apontar as verdadeiras razões. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo, tudo é improvisado, temporário, desenrascado. Portugal empolgou-se de valores abstractos. João César das Neves, diz numa das suas crónicas, que: "Portugal não tem projectos, tem direitos. Não aumenta a produtividade, desinfecta aos mãos da gripe A"!

Agora, a joia da coroa é o "TGV". Não é que sirva para nada por ali além, mas já viram que nas estatísticas da OCDE passamos a entrar como país com alta velocidade derroviária, enquanto os parolos dos Irlandeses, Finlândia, Suecos, etc., se calhar ainda se deslocam em carros de bois. E depois, que diabo, quem tem tantos e luxuosos estádios de futebol, até parece mal não ter um TGV!

Cruz dos Santos
Coimbra/Portugal