terça-feira, novembro 10, 2009

Biografia de Sócrates - Filósofo da Antiga Grécia -

PARTE I

Sócrates - (470-399 a.C). A biografia de Sócrates é contada por Xenofonte e Platão principalmente nos livros Apologia de Sócrates e Ditos e Feitos Memoráveis de Sócrates do primeiro e Apologia de Sócrates e Fédon do segundo. Era Ateniense, filho de uma parteira cahamda Fenarete, e de um escultor, chamado Sofronisco. Recebeu uma educação tradicional e desde a juventude interessou-se pela filosofia. Conhecia o pensamento anterior e contemporâneo dos filósofos gregos e interessava-se pela conversa em locais públicos. Fazia muitas andanças conversando nas praças e mercados.

Participou do movimento de renovação da cultura e foi um educador popular. Nunca trabalhou e só pensava no presente. Muityas vezes, só comia quando seus discípulos o convidavam para suas mesas. Foi casado com Xantipa, mas não parava em casa. Teve três filhos. Participou, como soldado, de incursões militares como as de Potidéia, Delos e Antipólis. Recebeu reconhecimento por alguns feitos de bravura, como quando salvou Xenofonte (ou segundo outras fontes Alcíbiades), tombado, com seu próprio corpo. De início, interessava-se pelos ensinamentos dos filósofos da natureza, como Anaxágoras, mas depois revoltou-se contra eles, pois eles haviam sido filósofos físicos, que procuravam respostas nas causas exteriores e gerais da natureza. Achava que existe algo mais digno para se estudar, existe a psyche, ou a mente do homem. Por isso, sondou a alma humana, em questões como a da facilidade de justiça dos atenienses, porque esses lidam com tanta facilidade com a vida e a morte, honra, patriotismo, moralidade. Em que se baseiam? E o que entendem por eles próprios? Assim descobriu que o homem é sua alma, e não o corpo, pois o que manipula o corpo é a alma. Foi contra os sofistas, por achar que a verdade é apenas uma, e condenavam seu relativismo.

Sócrates usava nas suas conversas com os cidadãos um método chamado maiêutica, que consiste em forçar o interlucutor a desenvolver seu pensamento sobre uma questão que ele pensa conhecer,e po-lo em contradição. Tem uma frase famosa "Só sei que nada sei". Já a frase " Conhece-te a ti mesmo", apesar de muityas vezes a ele atribuída, era um dos pilares da sabedoria grega, sendo por isso inscrita no pórtico do Oráculo de Delfos. O verdadeiro filósofo sabe que sabe muito pouco, e ele se autodenominava assim. A palavra filosofia significa amizade ao saber. As etapas de saber seriam: ignorar sua ignorância, conhecer sua ignorância, ignorar seu saber e conhecer seu saber. As opiniões não são verdades pois não resistem ao diálogo crítico. Conversar com Sócrates podia ser expor-se ao ridículo, e ser apanhado numa complexa linha de pensamento exposta através de palavras, ficar totalmente envolvido. No diálogo Teeteto de Platão, compara sua actividade à de uma parteira (como sua mãe), que embora não desse a luz a um bébé, ajudava no parto.

Continua

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Crónica de Coimbra

Somos verdadeiras ervas daninhas!
Chamam-nos "Homo-Sapiens", porque somos mais uma das espécies animais denominadas generalistas. Crescemos, amontoamo-nos, empurramo-nos, evoluímos e somos agora um "oceano" de gente, tão numerosos, que estamos a ter um efeito sério no ambiente e nas outras espécies que o partilham connosco, devido também à nossa tecnologia. Se uma planta tivesse as características do "Homo Sapiens", seria vista como uma erva daninha perniciosa e indesejável. Nós, somos as maiores ervas daninhas da Terra! Talvez isto se deva ao facto de não termos evoluído como uma espécie e, mesmo assim, ainda não temos uma visão inteligente global do mundo. Para muitos de nós, "o mundo" está para lá da linha do horizonte - mais para uns do que para outros. Concentramo-nos no ambiente que nos rodeia e em contribuir para os objectivos da nossa cultura local e não nas necessidades da cultura internacional. Queremos que o aquecimento global pare, mas não deixamos de utilizar os nossos carros. Queremos acabar com o sofrimento no mundo, "mas celebramos os 2.000 anos do nascimento de Cristo gastando 800 milhões de libras para erguer uma tenda gigante em Londres". Ou, outros milhões de euros para uma nova catedral em Fátima! Somos por natureza uma espécie provinciana; mentalmente ainda vivemos em aldeias e a nossa inteligência é normalmente utilizada para acumular conhecimentos, não para analisar o que eles nos podem dizer.
Que podemos fazer por nós próprios, tendo em conta que os propósitos políticos em causa pouco ou nada projectam em nosso favor?
Devíamos, talvez, aplicar a sabedoria dos nossos erros para recriminar aqueles que nos conduziram e conduzem à situação em que nos encontramos. Se tivésemos de escolher uma analogia para intelegência, a maior parte de nós diria qualquer coisa parecida com "força"! Força é uma característica que todos temos, embora em níveis diferentes, e as pessoas podem ser comparadas e categorizadas desde muito fortes até pouco fortes. Normalmente pensamos na inteligência como uma espécie de força - força mental - mas será válida esta analogia? Talvez consigamos descobrir algumas pistas observando a maneira como utilizamos a palavra.
CRUZ DOS SANTOS
Coimbra/Portugal

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