segunda-feira, janeiro 25, 2010

Foto do Dia




A POUCO E POUCO O HAITI COMEÇA A VOLTAR À NORMALIDADE, OU TENTAR.
DOZE DIAS DEPOIS APÓS O VIOLEMTO SISMO QUE DEVASTOU O PAÍS, OS HABITANTES DE PORT-AU-PRINCE TENTAM RECUPERAR DO CHOQUE E RETORNAR A UMA VIDA NORMAL, MESMO QUE O BANHO OCORRA NA RUA E COM POUCA ÁGUA DISPONÍVEL.
(Shannon Stapletou/Reuters/CM)

Sidney invadido por aranhas venenosas


Tubarões e crocodilos deixaram de ser a maior ameaça do continente australiano, ou pelo menos em Sidney, onde uma praga de aranhas venenosas, cuja picada pode ser mortal no espaço de duas horas, tem gerado o pânico entre a população...

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Actriz Jean Simmons morre aos 80 anos


Era conhecida pelos seus olhos claros, representativos de uma beleza que tanto servia, para papéis de heroína como de vilãs gélidas, à semalhança de Elizabeth Taylor: a britânica Jean Simmons morreu no passado sábado, vítima de cancro do pulmão...

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Crónica de Coimbra




NÃO BRINQUEM COM ASSUNTOS SÉRIOS

Hoje, assistimos ao desenvolvimento descontrolado de uma nova e muito diferente crise, que está a atingir dimensões assustadoras, sem que as instruções políticas revelem qualquer discernimento e capacidade de intervenção. O Presidente da Federação das Associações Portuguesas e Luso Brasileiras do Rio de Janeiro - A. Gomes da Costa -, denuncia neste distinto 'Jornal de Coimbra' no dia 24 de Janeiro, sob o título "Crise Portuguesa', que o Portugal de Hoje, "é um Portugal trespassado pela crise (...) são mais de 2 milhões que vivem abaixo da linha da pobreza e mais de 600.000 sem trabalho e mais de metade da população depende do Erário e da Previdência - de funcionários a aposentados - dos que recebem o rendimento mínimo aos que se habituaram a viver à custa do fundo de desemprego. O endividamento do Estado corresponde a quase 130% do PIB e existem rumores que as agências de crédito ameacem baixar a nota do País."

O que quer dizer que estes tempos são, assim, muito perigosos e exigem, de todos nós, uma reflexão muito atenta, atitudes muito sérias e escolhas muito responsáveis. O galopante endividamento esterno líquido de Portugal - agora a rondar o equivalente a 130% do PIB, como refere o Presidente da Federação das A.P. Luso Brasileiras A. Gomes, é o resultado mais visível do "nada" que se fez para enfrentar as circunstâncias resultantes da "europeização", da "globalização" e da adesão ao euro.

Meus Senhores, não brinquem com assuntos sérios, pois temos a mania e o vício de olhar para a Europa como uma indispensável muleta. Porque razão, não nos interrogamos sobre que futuro nos espera amanhã, face ao rumo que o País leva? Ou seja, será possível conceder uma economia sem apoios comunitários nos próximos dez, vinte anos? É que, salvo melhor opinião, a ideia dos "eternos" apoios comunitários é uma via perigosa porque está a esgotar-se. Por essa razão, "temos de viver com mais comedimento e com mais eficácia, de modo a evitar este parsitismo vigente". Constituiria uma enorme irresponsabilidade pensar na União Europeia como uma eterna "sopa dos pobres".

Pensem nisso!

Cruz dos Santos
Coimbra/Portugal

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Crónica do Canadá


A benção do trabalho

O trabalho é uma lei natural.
Da mesma forma que a alimentação e o sono, ele é imprescindível para uma vida equilibrada e saudável.
A necessidade de laborar constitui um precioso auxiliar do progresso.
Ao movimentar o nosso corpo e nossa inteligência para atingir um objectivo, o homem aprimora-se.
No sector profissional a pessoa vê-se obrigada a certas disciplinas que depois as usa nos demais sectores do seu viver.
Na sua profissão, a pessoa precisa observar horários, ser gentil e cordial, acatar determinações dos superiores. Essa disciplina, com o tempo, molda os aspectos mais ásperos da personalidade.
A obediência gradualmente vai reduzindo o âmbito de actuação da vaidade e do orgulho.
A pontualidade torna-se um saudável hábito, que evidencia respeito pelos semelhantes.
A gentileza, a princípio forçada, lentamente torna-se um modo de ser.
A inteligência, ao concentrar-se na solução de específicos problemas, ganha novo brilho e expande-se.
Assim, sob os aspectos intelectual e moral, o trabalho é uma benção.
Mesmo quem possiu fortuna, necessita de trabalhar como um imperativo de equilíbrio. É que o desempenho de um ofício dá ao homem a possibilidade de ser um elemento útil na sociedade.
Essa sensação de utilidade faz bem ao ser humano, permitindo-lhe vislumbrar uma finalidade maior na sua existência. Contudo, muitas pessoas consideram o trabalho como se fosse um castigo.
O fim de semana é aguardado como uma libertação, ao passo que a segunda-feira é amplamente lastimada.
Grande contingente de homens deseja aposentar-se o mais cedo possível. Eles não se preocupam se com isso se tornarão pesados para a sociedade, por inúmeras décadas. No anseio de livrar-se do dever do trabalho, contam em anos, meses e dias o tempo que falta para a sua reforma.
Tal modo de pensar e sentir evidencia uma percepção equívoca do viver.
A vida não possui como objectivo o descanso. Descansar de forma periódica e temporária é necessário para restaurar as forças. Mas a finalidade da vida é o aperfeiçoamento contínuo, proporcionado pela utilização dos próprios talentos na construção de um mundo melhor.
Ao tornar-se inativo, todo o organismo vivo tende para a decrepitude. O movimento e a actividade garantem a manutenção do vigor.
O problema é que muitos se equivocam na escolha das suas actividades. A ganância frequentemente faz com que a profissão seja escolhida mais pela boa remuneração que proporciona do que pela vocação.
Ocorre que desempenhar voluntariamente uma actividade de que não se gosta, podendo-se optar por outra, constitui um enorme peso colocado sob os próprios ombros.
O trabalho não se destina somente a garantir a sobrevivência. Ele também deve proporcionar satisfação íntima. É o que se dá quando alguém sabe que faz bem algo que se gosta e que possui utilidade para os outros.
Mas, mesmo quando não se ama a profissão exercida, é possível desempenhá-la com competência e boa vontade. Basta que o profissional sinta que está fazendo parte na construção de um mundo melhor.

Pensamento da Semana

"Vislumbremos a importância do que fazemos para a harmonia do meio social em que nos inserimos"
(Mano Belmonte)

Mano Belmonte