quarta-feira, agosto 27, 2014

REFLETINDO - Pela paz na Terra Santa

REFLETINDO

Pela paz na Terra Santa

Na Terra Santa entrecruzam-se três grandes religiões. Ela tem, por isso, um significado especial tanto para os judeus e cristãos como para os muçulmanos.
Para os cristãos, é terra sagrada onde nasceu, pregou, sofreu, morreu e ressuscitou Jesus Cristo.
Para os Judeus é a terra que Deus prometeu ser sua depois do sofrimento de gerações e gerações, no Egipto e na Babilónia.
Os palestinianos sabem que viveram naquelas paragens desde tempos imemoriais e que Maomé ficou ligado à cidade de Jerusalém.
E todos tem razões históricas para o seu apego àquela terra chamada de santa por todos eles. E o Talmude, a Bíblia e o Corão proclamam a necessidade da ajuda ao próximo. Mas a evolução histórica, económica e política fez nascer o ódio entre todos, fez esquecer os ensinamentos do Deus único; seja chamado Alá ou simplesmente Deus, fez com que todos disputem o mesmo terreno. Todos ao quererem que Jerusalém seja sua, fez com que em vez do diálogo e da tolerância se fizesse uso da força e do setarismo, levando a matar em nome desse Deus.
Nos últimos tempos, este processo de desentendimento (para alem do assassinato dos três jovens judeus) agravou-se, acelaradamente, numa escala de violência nunca vista. E, no momento atual,, morre-se, sofre-se, destroi-se sem dó nem piedade.
No momento atual, têm sido sacrificados os direitos humanos mais sagrados como o direito à terra, à habitação, ao desenvolvimento, ao sossego e à felicidade, apanhando nesta voragem, cristãos, judeus e palestinianos.
É urgente que a paz volte à Terra Santa, é urgente que o diálogo e a negociação tomem o lugar das armas, que a razão substitua o setarismo, que os tanques recolham e os homens e as mulheres-bomba sejam substituídos pelo amor e pela solidariedade.
Se tal não acontecer, o ódio continua a crescer, as mortes aumentam, o sofrimento generaliza-se, os bens são destruídos, o futuro será incerto para todos, na região disputada e fora dela.
Os que creem, que peçam a Deus pela paz, os que creem e os que não creem que façam, de mãos dadas, os esforços possíveis e até impossíveis por chamar à razão os que espalham o ódio e a morte.
Que todos nós sintamos a gravidade deste problema e usemos os meios ao nosso alcance para que a Paz seja possível.

Pensamento da semana
"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: Se escolher o mundo ficará
sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" (Albert Einstein)

Mano Belmonte
manobelmonte@live.com.pt
http://manobelmontecantor.blogspot.com



quarta-feira, agosto 20, 2014

MÃES ... PRECISAM-SE

MÃES ... PRECISAM-SE

Precisam-se de mães, que se assumam como tais, desde o primeiro momento da gravidez, sem matarem, no seu ventre, os seus filhos ou os abandonarem no contentor mais próximo.
Precisam-se de mães, que lavem os seus filhos, lhes mudem a fralda, cantem e falem com eles no colo.
 Precisam-se de mães, que saibam perder tempo a ouvir as boas ou as más notícias que os filhos lhes tragam, com prejuízo da telenovela ou da refeição mais requintada.
Precisam-se de mães, que dêem mais beijos que dinheiro, mais diálogo que televisão, mais carinhos que prendas.
Precisam-se de mães, que coloquem a sua família à frente da sua posição social, do seu trabalho, do seu grupo de amigos, ainda que não idolatrando os filhos, mas deixando-os viver na liberdade, nãos os privando da verdade.
Precisam-se de mães, que se interessem pelos estudos dos seus, que não abdiquem da sua autoridade carinhosa, da repreensão oportuna e do estimulo necessário em qualquer idade.
Precisam-se de mães, que desenham espaço para contarem histórias ao seu filho ou filha; ouvir os desabafos da jovem e ajudar, com a experiência, o filho casado.
Precisam-se de mães, que eduquem em comunhão com seus maridos, tendo a capacidade de perdoar, para que o divórcio não aconteça com tanta facilidade.
Precisam-se de mães, que sejam as primeiras educadoras da fé dos seus filhos, para que estes cresçam harmoniosamente.

Mães...precisam-se

João de Deus
(Jornal de Santo Thyrso)