
PARTE-IV
-O papel dos gases com efeito de estufa.
Meter o acento nos gases com efeito de estufa dá uma visão muito simplista do clima, enquanto outros factores são bastante mais importantes.Em particular, aqueles que determinam a dinâmica da atmosfera, as transferências meridionais do ar e da energia e, para ser mais simples, as tranferências de ar frio e de ar quente. Cada um é capaz de observar que a temperatura é função destas bruscas alterações, e que ela não evolui de maneira linear. O importante é primeiramente saber porquê e como as massas de ar frio se formam e se deslocam; porquê elas substituem e são substituidas pelo ar quente - dito de outra maneira de precisar o mecanismo da máquina armosférica. O tempo depende dia a dia destas mudanças de massas de ar. Por outro lado, no longo prazo, a variação depende da actividade solar (manchas solar, magnetismo, erupção e vento solar) , das projecções vulcánicas, dos parâmetros astronómicos, etc. Como pretender que a sua responsabilidade no clima possa ser posta em evidência nos modelos que não tomam simplesmente em consideração o conjunto destes parâmetros ? O efeito de estufa é, portanto, totalmente marginal, se não mesmo insignificante, tanto mais que o principal efeito de estufa não é realizado pelo CO2 ou pelo CH4, mas pelo vapor de água. Mas, mesmo a parte real do vapor de água no efeito de estufa não é considerado no seu justo valor nos modelos..
Não há clima global
Pelo contrário , conhecemos perfeitamente a evolução dos climas regionais que seguem evoluções fortemente dissemelhantes. Além disso , é bastante revelador verificar que, na confissão do próprio IPCC, os modelos são incapazes de reconstruir estas variações regionais ! No seu segundo relatório de avaliação, de 1996, o IPCC escreveu: " Os valores regionais das temperaturas poderiam ser sensivelmente diferentes da média global, mas ainda não é possível determinar com precisão as suas flutações". Isto significa que os modelos do IPCC seriam capazes de dar um valor médio sem conhecer os valores regionais que permitem estabelecer precisamente esta média ! Isto não é sério !
No Atlântico Norte, observa-se um arrefecimento na parte oeste ( Canadá, Estados Unidos a este das Montanhas Rochosas), enquanto, na Europa ocidental se observe um aquecimento, nomeadamente na Escandinávia. A Europa central arrefece como o Mediterrâneo oriental, ou como a China. Estas diferenças de comportamento resultam da dinâmica aerológica. Isso depende das trajectórias dos anticiclones móveis polares (AMP). Estes são vastos discos de ar glacial de mais de 1500 km de raio, gerados quotidianamente pelo pólos. Estes discos deslizam rente ao solo sobre camadas de ar quente mais ligeiras, contornando os relevos para se dirigirem em direcção ao equador.
As suas faces frontais provocam o retorno para o seu pólo respectivo do ar aquecido vondo dos trópicos. Os AMP represantam o próprio exemplo de descontinuidade que os modelos informáticos se recusam a incorporar nas suas equações matemáticas. Por outro lado, eles apontam o dedo ao comportamento particular e à importância das regiões polares que, contráriamente às previsões dos modelos, não estão a aquecer, mas a arrefecer...
O mito da fusão dos calores polares
-CONTINUA
-Pesquisa e adaptação : Mano Belmonte