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Capa exterior do último CD em alusão aos 50 Anos de Carreira de MB.

Capa exterior do último CD em alusão aos 50 Anos de Carreira de MB.
CD «50 ANOS DE CANTIGAS» (Compilação de 20 temas musicais de sucesso na carreira do artista Mano Belmonte)

Capa interior do último trabalho em CD "MB - «50 Anos de Cantigas».

Capa interior do último trabalho em CD "MB - «50 Anos de Cantigas».

MB - Resumo biográfico pelo Jornalista José Mário Coelho - Toronto/Canadá 2010

MB - Resumo biográfico pelo Jornalista José Mário Coelho - Toronto/Canadá 2010

APONTAMENTO PELA JORNALISTA LUSA CANADIANA FERNANDA LEITÃO

Jornal "Portugal Ilustrado" - Toronto/Canadá

Jornal "Portugal Ilustrado" - Toronto/Canadá

RECOMEÇAR...

-Recomeçar-

O ser humano é feito, entre outras coisas, de sonhos, ideais, expectativas...
O futuro, apesar dos percalços e obstáculos do presente, sempre se desenha com bons ventos, melhorias e conquistas. Por isso, sempre devemos prosseguir lutando, doando o melhor de nós na busca de objectivos e metas.
Neste percurso, à medida que nos esforçamos, alcançamos degraus intermediários e vitórias parciais que nos animam e estimulam em frente. Ser reconhecido pelos que nos cercam, parentes, amigos ou gente anónima, é um grande incentivo.
Dizer-lhes o quanto foi importante todo este carinho e amor dedicados ao longo dos anos, os elogios reconhecendo virtudes, tendo em mente que colhemos tudo o que plantamos nesta escalada da montanha da vida onde aprendemos a subir e a descer, cair e levantar, mas voltar sempre com a mesma coragem. Não desistir nunca de uma nova felicidade, uma nova caminhada, uma nova paisagem, até chegar ao topo da montanha .

Com mais de três décadas a vivermos na diáspora, fechamos os olhos tentando fazer uma retrospetiva das coisas boas e menos boas que nos aconteceram ao longo dos anos...Batemos de frente com um enorme painel branco na nossa mente, reprimimos a vontade de um choro convulsivo para, de imediato, pensarmos que, hoje, é um bom dia para enfrentar novos desafios...
Recomeçaremos por abrir novos espaços mentais e físicos. Aproximarnos-emos, dos familiares, dos velhos amigos, de pessoas alegres e sem preconceitos, da terra que nos viu nascer... Atirar para longe os ressentimentos, as mágoas, os melindres que impedem a felicidade entrar.
Dividirnos-emos entre duas Nações que amamos e repartiremos nosso coração entre chegadas e partidas, alegrias e ânsias.

Recomeçar uma nova vida é só uma questão de querer. Se quisermos. Deus quer.

Mano Belmonte













BLOG «Canções & Emoções» por Mano Belmonte

BLOG «Canções & Emoções» por Mano Belmonte

sexta-feira, julho 31, 2009

TENHAM UMAS EXCELENTES FÉRIAS !


AGOSTO AÍ ESTÁ !

A maioria de nós tem por hábito gozar férias no mês de Agosto. Essa maioria sai das suas aldeias, vilas e cidades para locais de veraneio - campo ou praia - .
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Pois bem, auguramos, que tenham umas excelentes férias com todas as precauções necessárias referentes às mesmas.
Deixamos, aqui, um comunicado da 'Direcção-Geral da Saúde' que recomenda a ingestão de água - muita água! -(Leiam, por favor) .

Para não fugir à regra, vamos, também, descansar (?!) e só voltaremos a este BLOG no próximo mês de Setembro (se Deus quizer).
Entretanto, fazemos o convite para "visitar" o arquivo deste Blog onde encontrará artigos escritos por excelentes colaboradores a quem muito agradecemos pela amizade e dedicação demonstrada ao longo do ano.

Encontrarão - vídeos, entrevistas, notícias, crónicas, fotos, pensamentos e muito mais...-

GRATO PELO VOSSO CARINHO DEMONSTRADO

Mano Belmonte
manoamano@sympatico.ca

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VERÃO: Autoridades recomendam beber mesmo sem sede
Água é maior aliado para combater ondas de calor

A Direcção-Geral da Saúde recomenda o "aumento da ingestão de água ou sumos de fruta natural sem açúcar, mesmo sem ter sede", aquando da ocorrência de ondas de calor. No Verão, temperaturas acima dos 35 graus por mais de cinco dias podem ser fatais.

Em condições normais, quando a temperatura ambiente sobe o organismo, para manter a sua temperatura dentro de parâmetros normais, transpira. Mas se essa transpiração for excessiva o corpo pode desidratar, situação grave para a saúde quando não compensada pelo consumo de água, informa a Direcção-Geral da Saúde.

" Uma alta temperatura corporal, a par de um grau excessivo de desidratação, pode provocar danos irreversíveis no cérebro ou em outros orgãos ou até a morte. Em situações extremas de exposição ao calor podem mesmo surgir diversas perturbações no organismo, designadamente os chamados golpes de calor, os esgotamentos pelo calor e as cãibras, situações que pela sua gravidade podem obrigar a cuidados médicos de emergência", alerta ainda a autoridade de saúde".

Os nutricionistas recomendam a ingestão de dois a quatro litros de água em períodos de muito calor. A quantidade a consumir varia por indivíduo, conforme a estatura ou o facto de haver maior ou menor exposição ao Sol e esforço físico.

Existem dois sinais fáceis de observar para saber se a água ingerida é suficiente: a quantidade de urina produzida e a cor desta. Quando a quantidade de urina é suficiente a cor desta é clara, quase transparente, como a água.

A água deve ser tomada ao longo de todo o dia. Dois copos de água ao acordar e ao deitar. E durante o dia de hora a hora. Para a hidratação correcta do organismo a água não deve ser substituída por chã, refrigerantes, sumos ou bebidas alcoólicas.

A comida é também uma fonte importante de água. Futas e vegetais quando consumidos crus possuem as maiores quantidades de água. Um consumo deficiente de líquidos provoca cansaço, indisposição, pele e cabelos secos, dores de cabeça, problemas digestivos, inflamações, deficiente funcionamento dos rins, alteração da pressão arterial, irritabilidade e insónias.

BEBA ÁGUA

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-Candidatura por Santo Tirso e com Santo Tirso-




SOU CANDIDATO

Caras e Caros Tirsenses,

Sou candidato à Junta de Freguesia de Santo Tirso nas próximas Eleições Autárquicas.
Para esta caminhada, juntei um grupo de mulheres e homens da freguesia, dinâmicos, empreendedores, com actividades profissionais diversas, com um misto de juventude e de experiência, que têm a Freguesia no seu coração.

Os Tirsenses conhecem-me.
É UMA CANDIDATURA POR SANTO TIRSO E COM SANTO TIRSO

O meu compromisso é estar com todos os Tirsenses para construir um Santo Tirso de futuro.

Apresento-me com ideias novas. Trabalho, competência, seriedade e rigor são os valores centrais dessa nova acção política.
A seu tempo chegará às vossas casas o meu compromisso eleitoral.

Quero, de forma clara e transparente, aproveitar e concretizar as reais oportunidades de desenvolvimento e crescimento, garantindo a competitividade e a qualidade de vida da Freguesia.

Estou disponível para ser o Presidente de todos. Como sabem, vivo na Freguesia desde sempre. Aqui vou continuar a viver. MAS QUERO FAZÊ-LO SERVINDO SANTO TIRSO. É esse o meu compromisso.

Cumprimento-vos, com amizade

José Pedro Miranda

O canadiano Leonard Cohen não desiludiu os cerca de 12 mil fãs na sua actuação de ontem, no Pavilhão Atlântico, Lisboa. Às 21h10, Cohen subiu ao palco juntamente com os seus músicos. A elegância, em fato preto e chapéu, acompanha o veterano enquanto este agradece calorosamente os aplausos da recepção...

Ler notícia completa
Adapt: Mano Belmonte

quinta-feira, julho 30, 2009

MANO BELMONTE, a convite da Estação de Televisão 'Festival Português' (FPTV), estará presente no programa 'Talentos e Figuras da Comunidade' (produzido e apresentado por Marleen Silva) -

Sexta-feira dia 31 de Julho-2009, pelas 20H30 -.

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Padre Cruz nasceu há 150 anos











O Padre Francisco Rodrigues da Cruz, o mais famoso sacerdote oriundo do território daquela que é hoje a diocese de Setúbal, nasceu em Alcochete, a 29 de Julho de 1859 e morreu em Lisboa a 1 de Outubro de 1948.

Esta Vila já notável, entre outros motivos, por ter sido o berço fde D. Manuel I, o Venturoso, e do Beato Manuel Rodrigues, um dos 40 mártires do Brasil, viu crescer a sua importância, por ter nascido, aquele que já em vida era conhecido pelo Santo Padre Cruz, que esperamos, um dia, venerar nos altares. Em 2009 celebra-se os 150 anos do seu nascimento.

Um santo é um semeador de ideal que espalha o bem e prepara colheitas para o céu. Alcochete orgulha-se de ter sido o berço daquele que seria outro S João Maria Vianney, o Santo Cura d'Ars, que faleceu uma semana depois de nascer o Santo Padre Cruz. Em pleno ano sacerdotal, esta coincidência parece dizer-nos que Deus não queria apagar uma luz sem nos deixar outra acesa.

Santo foi o nome que lhe puseram já aos 35 anos de idade e a fama de santidade foi sempre em aumento, até ao seu falecimento. Bispos, sacerdotes, pessoas de todas as categorias sociais o tinham por santo e como tal o veneravam. E esta fama cresceu a tal ponto que, depois da morte, o seu jazigo, no cemitério de Benfica, é visitado diariamente, por muitos fiéis, que lá vão cumprir promessas, pedir e agradecer graças, alcançadas de Deus, por sua intercessão.

Ordenado a 3 de Julho de 1882, desempenhou funções de director espiritual no Seminário de S.Vicente de Fora. Praticou heroicamente o que inculcava aos sacerdotes: -Confessar enquanto se apresentarem pecados, pregar enquanto houver ouvintes, e rezar até já não se poder mais -.

A sua figura inconfundível foi para o povo português católico, naquele tempo, uma âncora salvadora: levemente corcovado, um sorriso de inocência sempre no seu rosto fatigado, um ar de recolhimento habitual, perdido em Deus, na intimidade divina que o atraía a desprender-se dos bens terrenos, para os dar generosamente aos mais necessitados que encontrava.

Mesmo nos tempos mais revoltosos e intolerantes, o Padre Cruz trajava sempre de batina e roupão eclesiástico, e na cabeça, um largo chapéu, já gasto pelo uso. Assim o conheceu Portugal, assim se recordam dele, hoje, muitos que o conheceram. A presença do Padre Cruz em missões e tríduos pelas aldeias e vilas do país; o encontro do Padre Cruz nos comboios, nas ruas de Lisboa, nas Igrejas, nas cadeias, nos hospitais, sempre aliviando penas, confortando misérias, dando coragem aos timoratos e oferecendo certezas duma renovação cristã aos desalentados, era um "espectáculo" a que Portugal se habituara.

O Padre Cruz foi o Apóstolo que Deus deu a Portugal naqueles tempos agitados. Apóstolo da Caridade lhe chamaram, e a placa da Avenida do Padre Cruz em Lisboa, a todos o lembra. Todo o apóstolo compreende a sensibilidade dos homens do seu tempo. Enquanto viveu, este sacerdote compreendeu os seus contemporâneos, e esta compreensão deu-lhe um acesso relativamente fácil aos corações sedentos de verdade, de ideal, de transcendência.

Em 1940 cumpriu um desejo antigo e fez-se jesuíta aos 80 anos. Apesar da idade, a sua velhice não é inda a "ruína" doutros anciãos. No seu corpo decrépito arde a chama imortal da vida divina. É já uma "sombra velhinha": mas a essa sombra descansam novos, mais fatigados e envelhecidos de alma do que ele.

Faleceu no primeiro dia de Outubro de 1948. A notícia foi divulgada pela Emissora Nacional. no noticiário das 13 horas. Quando os jornais da tarda saíram, já meia Lisboa e meio Portugal sabiam que tinha morrido o Padre Cruz.

Três anos depois, em 1951, o processo de beatificação iniciou-se em Lisboa e entregue à Santa Sé em 1965. Com a Igreja a viver um Ano sacerdotal, será que o nosso país receberá a notícia de mais um beato?

Pesquisa e texto: Mano Belmonte

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Alberto Silva - Tributo a um amigo -


Alberto Silva, um homem desde sempre ligado à comunicação social cuja paixão e lides radiofónicas vêm desde muito novo.
Alberto Silva, é natural de Lisboa. Seu pai tinha um programa nos Emissores Associados de Lisboa que se chamava "Programa Radiofónico Imagens Piedenses". Após a sua morte, Alberto, ficou com a responsabilidade de o dirigir (PRIP) corria o ano de 1971 e aí cresceu gosto pela rádio. O programa acabou com a nacionalização da Rádio em 1975. Alberto Silva dedicou-se à profissão de funcionário bancário.

Mais tarde e já no Canadá conheceu António César, um profissional da Rádio Internacional (CHIN), que lhe deu oportunidade de colaborar nesta estação radiofónica. Passando, depois, a colaborar na 'CIRV-Radio' e na 'Rádio Asas do Atlântico' na cidade de Toronto, onde conheceu e trabalhou ao lado de bons profissionais como José Eduardo que, reconhecidamente, disse: "muito ter aprendido".
Colaborou nos jornais comunitários "Voice" e "Sol Português" durante sete anos. Foi director Cultural da Casa do Alentejo de Toronto por dois anos consecutivos. Apresentou numerosos espectáculos, e, destaca o que organizou no então 'First Portuguese Canadian Club' em homenagem à Diva Amália que teve a presença da sua irmã Celeste Rodrigues que veio propositadamente para assistir a esse espectáculo.
Alberto Silva considerou: "para mim esse espectáculo foi uma pedrada no charco quanto ao mérito dos artistas residentes, porque ele foi realizado só com a prata da casa e foi um grande êxito. Daqui e na sua pessoa quero agradecer a todos que participaram e dizer o meu muito obrigado pela sua entrega e classe que dispensaram ao espectáculo".

Alberto Silva, um bom amigo e profissional da Rádio que recordamos com saudade e, aqui, deixamos esta pequena e modesta homenagem, encontra-se acerca de 8 anos na 'Rádio Sesimbra FM' e colabora no Jornal de Sesimbra. Últimamente dedica-se a escrever poesia.

Parabéns amigo, que a vida lhe traga de bandeja tudo de bom.Você merece!

Aquele abraço

Mano Belmonte

manoamano@sympatico.ca



quarta-feira, julho 29, 2009


"QUANDO OS NETOS ENTRAM NA NOSSA CASA, A DISCIPLINA VOA PELA JANELA."
(Ogden Nash)

Foto do Dia


UM HOMEM REFRESCA-SE COM A SUA GARRAFA DE ÁGUA, PARA CONSEGUIR ENFRENTAR AS ONDAS DE CALOR QUE, NOS ÚLTIMOS DIAS, TEM ASSOLADO A CAPITAL DA BULGÁRIA, SÓFIA.
(Anton Stankov/EPA/CM)

Encontrar um lugar

É mais fácil tentar quebrar a cadeia pelo seu elo mais fraco do que questionar, a fundo, todo um sistema.

Com a chegada do tempo de férias, são muitos os que partem à procura de um lugar, diferente, que ajude a quebrar rotinas e a retemperar forças. Nessa dinâmica, cada vez menos massificada - Agosto já não é um mês a menos no calendário laboral - tende-se a "desligar" de muita coisa que merece a nossa atenção constante, tendência acentuada pelo mito da "silly season" que leva muitos a dar destaque a factos menores que, no resto do ano não mereceriam mais do que uma linha ou 10 segundos de atenção. Crises e dramas humanos continuam a existir, em todo o mundo, e não tiram férias.

Em muitos casos, esses dramas forçaram homens e mulheres do nosso tempo a sair (fugir, mesmo) dos seus lares, em busca de uma vida melhor em sociedades que acreditam ser mais desenvolvidas. Não contam, por certo, com a intolerância e a discriminação que lhes estarão reservadas, por parte de vários, à sua chegada.

A crise ecomómica e financeira tende a acentuar estes comportamentos xenófobos e racistas, como justamente têm alertado vários responsáveis da Igreja Católica. É mais fácil tentar quebrar a cadeia pelo seu elo mais fraco do que questionar, a fundo, todo um sistema e os seus responsáveis máximos, que levaram à situação em que o mundo se encontra.

A questão merece, por isso e acima de tudo, um olhar humano: pessoas como nós estão à procura de um lugar, um lugar melhor, para esquecer as mágoas de um passado muitas vezes doloroso e construir um futuro melhor, para si e os seus. Aconteceu milhões de vezes, em Portugal, com avós, pais, irmãos, primos, amigos e vizinhos de cada um de nós que também partiram. E partem. Basta dar a cada um dos que imigraram para este país o tratamento que gostaríamos que fosse dado aos nossos, lá fora.

Esta é uma matéria que também merece um olhar atento, na hora de decidir em que partido votar. O Verão deste ano será diferente, por certo, em função das duas eleições que se aproximam e do desfile de promessas, acusações, barulho de fundo e cortinas de fumo a que iremos presenciar na busca de um lugar (lá está), que para muitos não é de serviço, mas de interesse(s) - confessados e inconfessados.

A receita será, em larga medida, a mesma: acima de tudo, está cada ser humano e a maneira como, na nossa sociedade, ele será tratado em cada momento da sua vida. Para que todos possam, em condições dignas, encontrar o seu lugar.


Octávio Carmo
(Agência Ecclesia)

Música e liturgia, que relação?




Fátima acolhe de 27 a 31 de Julho o XXXV Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica, este ano dedicado ao tema "Cantai ao Senhor com arte e com alma. A música na Liturgia".
Um conjunto de quatro conferências aborda os seguintes temas: "Como é bom cantar. Liturgia do homem e do universo". "Cantar porquê? Função da música na liturgia", "Cantar o quê? Características da música litúrgica" e "Cantar como? Com arte e com alma".
Como habitualmente, a Escola de ministérios abordará uma série de questões específicas: I - O canto dos ministros ordenados. II - Os cantores (salmistas, leitores...); III - Elementos de grupos corais; IV - O canto da assmbleia; V - Organistas e intrumentistas; VI - Responsável pela música litúrgica da paróquia; VII - O acólito na assembleia celebrante.

Ler mais

Adaptação: Mano Belmonte

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Brian Adams em selo no Canadá

Os correios do Canadá emitiram um conjunto de quatro selos dedicados a personalidades musicais, entre eles um é dedicado ao músico rock Bryan Adams. A nova série de selos, com uma emissão de quatro milhões de exemplares, tem a taxa única d 45 cêntimos.

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sábado, julho 25, 2009

Crónica de Coimbra


Assim vai o nosso país!

Em qualquer país, um político, um responsável de um alto cargo, uma figura pública, consequentemente reconhecida, demite-se quando é suspeito de "fraude", de "tráfico de influências", de crime de peculato, pedofilia ou de outra qualquer irregularidade lesiva dos elementares direitos dos cidadões. Em qualquer país civilizado e sério, onde é respeitada a Constituição, basta ser suspeito, que era, de imediato suspenso das suas funções.

Aqui, nada disso! Até se provar a culpabilidade em Tribunal, presume-se inocência. O processo vai-se arrastando através de averiguações, investigações, inquéritos, e, como é do conhecimento público, o Tribunal demora anos a resolver tais casos, lá continuam os suspeitos a ocuparem os seus cargos, exercendo-os, presunçosamente, como se nada fosse com eles. E, o que mais revolta, é que se apresentam sempre cheios de prosápia! Parecem os "donos do mundo"!

Exigem os maus entencionados a demissão dos ditos Senhores, por questão ética, de bom-tom, enfim, de justiça. Que ética? Que bom-tom? Que justiça? Os invejosos, os denegridores da imagem pública é que deviam ter ética, que abrem os noticiários análogos a julgamentos e sentenças condenatórias. Trata-se de um abuso de liberdade. Os nossos canais de televisão (portugueses), precisam de vender, precisam de enfrentar a concorrência diária, e como as audiências mantêm-se, quando não sobem, prova de que a maioria está do lado dos injustamente acusados. Das vítimas de cabalas. Para quê fechar portas a quem garante público? E depois, que diabo, são excelências acusadas, gente fina e gente fina é outra coisa! Não é qualquer "pé-descalço", que está ali a ser acusado! Não estão em jogo centenas de euros...mas milhões, muitos milhões e...isso sim! Isso já merece notícia de 1.a página. Que nos outros países não é assim? Pois devia ser. Nós, é que estamos certos. Eles, é que estão errados. Nós somos únicos, não nos esqueçamos! Viva Portugal! Como nós não há igual!

Cruz dos Santos
Coimbra/Portugal

Eu conto como foi - LUCÍLIA DO CARMO


Nasceu na bela terra alentejana, em Portalegre, no ano de 1920. É aos 17 anos de idade que se estreia no 'Retiro da Severa' sendo logo vista como um caso sério na forma como sabia interpretar

Casada com o empresário Alfredo de Almeida abrem em pleno Bairro Alto a 'Adega da Lucília' que mais tarde ficaria com o nome de 'O Faia' até os dias de hoje.
Ali cantaram fadistas afamados e de grande estirpe. De Alfredo Marceneiro um seu grande amigo a cantar no seu espaço, ou Tristão da Silva, Berta Cardoso ou Carlos Ramos entre tantos.

Lucília tinha aquele porte muito especial. Foi ao Brasil e conquistou multidões. Gravou infelizmente poucos discos. Mas a sua voz ficou registada maravilhosamente em temas inesquecíveis. 'Maria Madalena' e 'Foi na Travessa da Palha' dois fados que ainda hoje ninguém os cantou como a grande fadista.

Era uma senhora de sorriso franco, afável, de simpatia absoluta. Nos anos 80 encontrei-a tantas vezes no 'Faia' onde trauteava ou cantava mesmo a sério os seus êxitos maiores.

Era uma estilista do fado e segundo os entendidos era a voz, a figura, aquela raça fadista que surge de tempos a tempos. Uma mulher do séc. XX que marcou toda uma época.
Mãe de Carlos do Carmo, morreu em 1999.

Carlos Castro
Adapt: Mano Belmonte

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sexta-feira, julho 24, 2009


"PERDEREI A MINHA UTILIDADE NO DIA EM QUE ABAFAR A VOZ DA CONSCIÊNCIA EM MIM"
(Mahatma Gandhi)

VÍDEO: Piano Gigante


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Foto do Dia


ELEMENTOS DA COMPANHIA DE DANÇA NORTE-AMERICANA NOMIX DURANTE A APRESENTAÇÃO DO ESPECTÁCULO 'BOTÂNICA' EM SANTIAGO DO CHILE.
(Ian Salas/EPA/CM)

Salazar morreu a 27 de Julho de 1970


Jaime Nogueira Pinto escreveu :
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Nunca fui um salazarista, pelo menos na acepção corrente do termo. Cumpre explicar porquê, pois adivinho laivos de escândalo nalguns, e acrescentar, que talvez venha um dia a sê-lo. Não posso dizer que fui salazarista na medida em que não fui, nem sou incondicional de ninguém. Só da minha Fé e das minhas ideias. De Deus e dos Valores. E se é bom guardar a lucidez e o espírito crítico perante os grandes deste mundo, tenho uma certa pena por não ter sentido aquela devoção cega a um Chefe, a dádiva sem limites, a gloriosa loucura da abdicação de nós, que faz as grandes fidelidades, os grandes e silenciosos sacrifícios.
Posto isto, traçadas que são as fronteiras e situações, não tenho dúvidas em falar dum Homem que vi pela primeira vez no dia da sua morte e a quem então beijei as mãos; e falar. dizendo um pouco do muito de que deveria ser dito, sem pretender fazer análises, mas apenas, com humildade e respeito, dar testemunho.
Salazar é para mim e para os da minha geração (os que pensamos, cremos e queremos por igual medida) nascidos depois da Segunda Guerra Mundial, formados nos anos sessenta quando a Europa e o Ocidente, se arrependeram e culparam do melhor que foram, o Homem das apostas contra a Decadência, da Vontade inflexível perante os factos, ao serviço constante da Verdade. É vida. Exemplo. Raiz. Deus, as Pátrias, os outros homens assim: que vivam para os seu ministério, a privarem-se das coisas que para o comum (e não só) importam: um Lar, uma Família, Filhos, bens palpáveis, pequenas ou grandes não interessa, mas de sua pertença exclusiva, afectos certos, que são nossos, se fazem e se perpetuam, que são esperança, e depois razão, e depois vínculo, e continuidade, só nossos, por um certo tempo e num certo espaço. Ele a tudo isso renunciou. Confundindo-se num dado instante com sua Missão e Serviço, com o Poder e o estado, renunciou a tudo, ganhando tudo. Escolheu, como grande que era, senhor de sua vida e de seu Futuro. E as opções são difíceis, não pelo que se segue, mas pelo que se deixa para trás...
Há tanto de singular neste Homem: a coerência, a fidelidade, a si e suas ideias, o sentido da hierarquia e da permanêmcia, o modo sóbrio, o querer inquebrantável. Na Grécia seria talvez um Sábio, em Roma um cidadão dos que geriam a República até ao fim dos dias, se abriam as veias perante a iniquidade do Príncipe; na Idade Média a meditar sobre a História de Deus ou, chancelar zeloso do Bem Comum, a exorcitar maus sacerdotes. Um grande na Renascença, obscuro em Setecentos; e não vejo senão no seu Vale dos Lobos no {{estúpido século XIX}}.
Mas a Providência deu-o a nós, em nosso Tempo. Penso, com Huxley, que as coisas mais importantes são a Graça e a Predestinação. E aí conta para mim (e hoje para quase todos...) o Salazar de Abril de 61, o Salazar da Resistência, o Salazar imperturbável perante a imensidade dos obstáculos e dos trabalhos.
Lembro-me, da noite em que em breves palavras nos explicou porque íamos fazer guerra, porque íamos para um tempo de sangue e lágrimas: Angola.
E Angola para além da tragédia concreta era o símbolo do que maior tem o País e agente. Era o Bojador, as Tormentas, a Índia, a História, o Sangue, O Império, o Futuro. Angola era um desafio, uma encruzilhada. Chegava o nosso tempo. Éramos postos à prova. Éramos livres de partir ou ficar. De perder ou sair vitoriosos. Ele não hesitava. Era um Homem de Deus que pode significar ser um Homem de Estado, na mais nobre e grande acepção. Falou o que era preciso e como era preciso. Sem dramatizar nem minimizar. Foi, como diria o Pessoa, o Homem-Média, a soma de nós todos e dos melhores. A Alma da Raça. Intérprete e íamos ficar criados.
A grandeza daquele velho, que sabia pôr em pé um Povo, que sabia tocar clarim, que sabia traduzir as Razões por que os outros podem e devem morrer. E eu, que tinha quinze anos e admirava os condottieris que arriscavam físicamente a pele, os grandes chefes de guerra e aventura que morrem jovens e em combate e são enterrados à luz de archotes, compreendi que se pode ser Herói aos setenta anos, num gabinete de trabalho, em silêncio, entre papéis e livros, ensinando a boa administração, a viver habitualmente.
E talvez devo-o a Salazar. Como lhe devo o reforço da convicção que sempre tive de ser a Verdade uma categoria independente do tempo, do lugar, dos números, dos votos, das opiniões, das penas, dos riscos, da morte! E ter preservado esta terra, mantendo-a grande e partida pelo mundo.
E este orgulho em ser Português, em pertencer aos únicos que desafiaram e venceram a ofensiva dos ventos da História, e uma herança que temos oportunidade de conservar e dar aos nossos filhos, uma Nação plena de espaços e aventura, onde a vida ainda não é contabilizada e planificada à maneira dum corpo sem vontade ou alma.
Era um grande senhor, duma estirpe que vai sendo rara. Tinha a consciência da Razão de Estado, do Poder como coisa rara, que vem de Deus e só a Ele, a cada instante, e na hora última se deve dar contas. Que não pode ser profanado, nem malbaratado, nem estar à mercê da rua, dos grupos de interesses, dos fluxos da opinião. Sabia que governar não era agradar mas servir. Não descia ao povo, não o adulava ( nem aos poderosos, aliás...) não o cultivava. Mas o Povo compreendia-o, guardava-lhe respeito e amor, e, mais, para o fim, uma grande ternura; não o culpava dos males e erros que em seu tempo, como em todos houve, e que foram graves. Porque todo o humano tem limites, até o génio.
Salazar morreu numa manhã de Verão, dum dia de sol que foi belo e ele já quase não viu. A essa hora em Angola, em Moçambique, na Guiné, os Portugueses batiam-se pelo que ele se bateu e mostrou ser mais importante que a vida de cada um. No décimo ano da Defesa, tínhamos vencido, graças à sua Acção, o pior inimigo: a Dúvida.
Creio que, como nos ensinou tão bem, não devemos chorá-lo. Eu sou contra os elogios fúnebres e tal, por paradoxo que pareça, é uma das razões porque escrevo sobre Salazar.
Ele vive agora entre nós, em sua Obra. Ele vive em suas Palavras e seus Actos, que aqui estão e hão-de ficar, se formos dignos deles e os soubermos preservar.
Só devemos chorar os mortos se os não merecermos. Só dvemos chorar Salazar, se por nosso desânimo, medo, fraqueza, inércia, por nossa culpa, Portugal for mais pequeno que o que nos legou; se o erro, a mentira, o oportunismo, a decadência, a abdicação triunfarem; se a integridade da soberania for atingida e, se a Nação perecer, então sim, devemos chorar o Homem, porque lhe desbaratámos a Obra, e viveu e morreu em vão.
Mas tal não há-de suceder. Agora que ele se foi definitivamente, o Futuro de todos pertence mais a cada um. Tomemos pois em nossas mãos o que ficou, o que é bom e merece amor. E vamos amar mais e querer com mais força o que está por fazer. E vamos continuá-lo. E merecê-lo. Para que nunca tenhamos de o chorar.

Jaime Nogueira Pinto

Adaptação: Mano Belmonte

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SANTO TIRSO: ComVIDA




quinta-feira, julho 23, 2009

Música de inspiração cristã procura lugar ao Sol

A poucos dias do início da terceira edição do Festival Jota, ponto alto da apresentação de artistas e bandas católicas, há quem lamente o facto de a Igreja em Portugal ainda não reconhcer devidamente o trabalho dos criadores e intérpretes de música de inspiração cristã.

O Pe. Jorge Castela, director da Pastoral Juvenil da diocese da Guarda, dá copmo exemplo a maior parte das festas religiosas, cujos responsáveis incluem no cartaz nomes da "música pimba" mas não convidam grupos e autores católicos.

Embora o objectivo das bandas cristãs não seja o lucro, é necessária uma capacidade económica que suporte a produção de novos discos, o investimento em equipamento e a presença em concertos. Por isso, explica o sacerdote, se os CD's não são comprados e se as bandas não são convidadas para os espectáculos, "é difícil que consigamos continuar este trabalho"...

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Adaptação: Mano Belmonte

SÃO JORGE através do queijo....










A Rota do Queijo da ilha de São Jorge, Açores, é um convite a conhecer a forma de fazer um produto que identifica aquela região atlântica. Entre a confraria e a produção de queijo ficam as paisagens de um território por explorar.

A frescura da manhã convida a calcorrear as ruas empedrenadas da freguesia de Velas, uma das fajãs de São Jorge. A sede da Confraria do Queijo de São Jorge é o primeiro ponto de conhecimento desta tradição. O queijo de São Jorge é um produto de Denominação de Origem Protegida (DOP) cuja Confraria detém a certificação. Na sede da Confraria, o álbum de fotografias dos confrades, entronizações e actos solenes de preservação de promoção do produto que enche de orgulho os habitantes.

No trajecto até à União das Cooperativas e a uma fábrica, a Reserva Natural pede para ser vivida . A vegetação densa salpicada de camélias cor-de-rosa e hortênsias que, em finais da Primavera começam a nascer, enchem o olho que anseia por paisagens recortadas junto ao mar. Em São Jorge, os vestígios de uma ilha vulcânica são raros, sendo o verde o que fica na memória dos que por ali passam...

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Adaptação: Mano Belmonte

quarta-feira, julho 22, 2009


"OS HOMENS NÃO SE SENTEM VELHOS POR TEREM NETOS, MAS SIM, POR SABER QUE ESTÃO CASADOS COM AVÓS"
(G.Normam Collie)

Foto do Dia


UM MERCADO NA PROVÍNCIA DE XINJIANG, NA CHINA, DEDICADO EXCLUSIVAMENTE À VENDA DE MELANCIAS.
(Diego Azubel/EPA/CM)

Índia e China de olhos no céu para ver o mais longo eclipse total so Sol


O mais longo eclipse total do sol do Século XXI foi observado por dois mil milhões de pessoas na Ásia.

O Sol ficou totalmente encoberto pela Lua numa zona pouco habitada do Pacífico durante 6 minutos e 39 segundos, uma duração recorde que só virá a ser batida no ano de 2132.

O eclipse total demorou menos tempo na Índia (três a quatro minutos) e na cidade chinesa de Xangai (cinco minutos), mas nas duas regiões o céu espessamente coberto de nuvens impediu a abservação do fenómeno.

Chuvas torrenciais abateram-se sobre Bombaim, na costa ocidental da Índia, tornando inúteis as lentes escuras que haviam sido compradas em massa para observar o eclipse.

Fonte: Jornal de Notícias
Adaptação: Mano Belmonte

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SANTO TIRSO: Recuperação do Cine-Teatro


Após vinte anos sobre a última projecção de um filme no Cine-Teatro, este equipamento volta a estar na ordem do dia, já que o arranque das obras, para a sua completa remodelação, está para muito breve, depois de um longo processo burocrático, que passou pela aquisição litigiosa do prédio, pela execução do projecto, pela demolição atempada dado o risco eminente e pelo concurso público internacional que obrigou a prazos e audiências prévias muito alargadas.

O novo Cine-Teatro vai dispor de duas salas: um auditório principal, que, na forma de organização tradicional, contará com 300 lugares sentados em um auditório, com 120 lugares sentados. A abrangência funcional do novo Cine-Teatro estender-se-á da actividade teatral aos concertos de música, passando pelos espectáculos de dança e de moda, bem como a realização de eventos como conferências temáticas, etc.

Este equipamento contará, ainda, com um café-concerto que pode funcionar de modo autónomo do resto do edifício, galerias e átrios, que permitem a realização de eventos e exposições, e todo um conjunto de serviços de apoio e galerias técnicas, que darão corpo a este Equipamento Cultural ficará situado numa zona, que será brevemente requalificada e transformada em área essencialmente pedonal.

Fonte: Jornal de Santo Tirso
Adaptação: Mano Belmonte

SANTO TIRSO e os Tirsenses têm motivos para estarem orgulhosos...













A atleta tirsense Sara Moreira (natural de Roriz) continua em grande e a honrar, condignamente, a camisola da Selecção Nacional de Atletismo.

E rorizense esteve presente em Belgrado, nas Universíadas 2009, conquistando, para o nosso país, duas medalhas de ouro: Uma, nos três mil metros obstáculos e outra, na prova dos conco mil metros.

Terminada a participação na competição do Leste Europeu, Sara Moreira regressou, imediatamente, a Portugal e ingressou nos II Jogos da Lusofonia, a decorrerem em Liosboa.
Mal entrou em acção (mesmo com algum cansaço), voltou a subir ao pódio no primeiro lugar, na prova dos cinco mil metros.
E em meia dúzia de dias, a grande campeã tirsense (e já umas das figuras incontornáveis do atletismo nacional) conquistou, imagine-se, três medalhas de ouro.
Apesar de ter ganho duas provas dos cinco mil, Sara referiu que a sua grande aposta, para o próximo Mundial, é a especialidade dos três mil metros obstáculos.
Santo Tirso e todos os tirsenses sentem-se honrados com a sua participação

Fonte: Jornal de Santo Tirso
Adaptação: Mano Belmonte


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terça-feira, julho 21, 2009


CARLOTA E A LUA

Há quarenta anos, o mês de Julho foi de entusiasmo planetário. É que a Apollo ia pelos ares fora determinada a pousar na Lua mais os seus tripulantes. Eu estava de férias em Tomar, na casa de Fernanda Porto, a senhora toda posta por ordem que deixou marca no Turismo, onde trabalhou trinta anos.
A verdade é que ela estava muito mais entusiasmada do que eu com a viagem à Lua. Tanto o estava que ficou toda a noite duante do aparelho de TV, sem perder pitada, enquanto eu cedi ao sono e fui dormir. Mas ela, não, ali firme, para grande escândalo da Carlota, que então trabalhava lá em casa a pedido do senhor prior que, compungido, aconselhava ajuda e paciência por ser ela, no seu dizer, um "bocado lenta". Quando se foi deitar, a Carlota disse à senhora que devia era deitar-se e descansar, em vez de estar ali, como os cachopos, ela dizia assim, agarrada à televisão. De manhã é que foi o bom e o bonito, quando a senhora ainda afundada no cadeirão e sem desviar os olhos da TV, no exacto momento em que os astronautas pisavam o solo lunar. Oh minha senhora, parece impossível! - exclamou a Carlota numa furiosa estupefacção. E a resposta veio de recochete: Oh mulher, cale-se e sente-se aqui ao meu lado a ver esta maravilha. Desconfiada, a Carlota tratou de obedecer. E a patroa a insistir: Está ali a vê-los? Está a ver as pegadas que eles deixam? Aquilo era demais para a Carlota, que se levantou impetuosamente e sentenciou: Mas a senhora não vê que isto é tudo armado pelos americanos? Então a senhora acredita nisto?
E não houve nada que a demovesse. Era assim, uma mulher de convicções inabaláveis. Tinha trabalhado em Moçambique, onde namorou um rapaz de lá que nunca esqueceu. Uma ocasião Fernanda Porto perguntou-lhe se sabia do rapaz e a Carlota respondeu que não, nunca mais tinha sabido dele. Fernanda Porto adiantou que talvez ele lá estivesse em trabalhos por causa da guerra.
- Da guerra?!!! Qual guerra, minha senhora?
-Oh Carlota, qual guerra! Então a guerra que anda em África, já há anos.
- A senhora diz cada coisa! Olha, guerra em África, nem que o Salazar deixasse...
Não havia volta a dar-lhe.

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segunda-feira, julho 20, 2009

VÍDEO: Chuva !



Crónica de Coimbra


CARTA ABERTA a todos os políticos!

Os Senhores vão ser eleitos dentro de alguns meses. Quem? Ninguém sabe! Geralmente, ganham todos.
Bom, caída a "romaria", ou seja, todo este "carnaval" de promessas, não se vai voltar a falar da morna campanha.
Nem dos níveis de abstenção. Os derrotados irão lamber as feridas e os vencidos a bajularem os líderes, para conseguirem um "tacho" p'ró seu futuro e para os seus. E os eleitos, quando iniciarem funções, todas as pressões terão o mesmo sentido: deixar as coisas como estão. É o "vira o disco e toca o mesmo"! As instituições, das Forças Armadas à Magistratura, das Universidades às Autarquias, da Igreja aos Sindicatos, das empresas às misericórdias e das polícias às associações profissionais, vão, como é habitual, pedir, reinvidicar, protestar, vão fazer greves, vão solicitar eleições antecipadas, enfim, vão proceder como procedem sempre, quando estão na Oposição: Protestar!
Quanto aos seus eleitores, vão confundir-se com a população. Perguntamos depois: o que irão fazer com este poder, que o eleitorado lhes deu? Cumprir ou fazer cumprir a Constituição? Ouvir o povo? Moderar e arbitrar? Reformar a Educação e a Justiça? Criar novos postos de trabalho? Combater o desemprego? Representarem o Estado? Vem na carta. Garantir o regular funcionamento das instituições? Sem dúvida, apesar de ninguém saber o que é isso. Se olharmos para os antigos governos, e compararmos com os actuais, o que disseram todos durante a campanha, vamos ver lá tantas coisas, que é legítimo concluir que nada farão de especial.

Difícil é escolher. Ainda por cima se lhes falta sinceridade. Mas se a sua escolha for o resultado de um esforço de razão, verá que, em pouco tempo, acabará por acreditar. E, como deve saber, o que dá realmente força a um governo é, mais do que a razão, o sentimento! Que escolher então? A política? A Defesa Nacional? A Europa? A política externa? Há falta de definição, de esclarecimentos, nomeadamente no que concerne aos compromissos internacionais e à Europa! Quanto à SAÚDE, esta que os ricos querem transformar em negócio e a direita administrar como uma empresa lucrativa e que a esquerda se mostra absolutamente incapaz de organizar. Esta, que falta aos velhos e aos pobres e faz sofrer os fracos em filas de espera, que é a mais cara e consome mais recursos do que na maioria dos países ocidentais, a que mais deve desperdiçar e acumula dívidas fantasmagóricas. Esta, que revela ineficiência escandalosa, apesar de empregar um número de médicos superior a muitos países europeus. Esta, que maltrata doentes em estabelecimentos públicos e enche os corredores dos hospitais com doentes abandonados. Esta, que permite abusos inimagináveis. Que não forma enfermeiros em quantidade e qualidade suficientes. Que está hipoteca a grupos, interesses e corpos poderosos. A saúde, sim, a nossa saúde, o que farão estes senhores com ela, depois de eleitos?

Cruz dos Santos
Coimbra/Portugal

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sexta-feira, julho 17, 2009

Crónica do Canadá


CRÓNICA DO CANADÁ

Raízes profundas

É bastante comum ouvir-se pessoas maduras afirmarem que sofreram muito na sua infância ou na sua adolescência e que, de maneira alguma, desejam o mesmo para os seus filhos.
Recordam terem iniciado a trabalhar muito cedo para auxiliar nas despesas do lar, dos desejos que jamais foram concretizados, como a bola de futebol, a bicleta nova, a viagem de recreio da escola e quantos mais...
Lembram de certas privações, de não terem tido privacidade, porque necessitavam dividir o quarto com os irmãos, pela falta de espaço na casa dos pais.
Recordam e recordam com certa amargura, o que lhes constituiu dificuldades e reafirmam que tudo farão para que seus filhos não tenham que experimentar nada daquilo.
Por isso mesmo, os meninos e meninas crescem sem maiores problemas.
Vão à escola, levam dinheiro para o lanche, nem sempre saudável, viajam nas férias, brincam e folgam.
Nada lhes falta, para que não sofram, para que não se frustem, para que não tenham decepções.
Nada em esforço lhes é exigido.
Nada que desejem deixam de receber.
Vendo tantos pais procederem assim, recordamo-nos de um médico canadiano que, além de curar os seus doentes, tinha por objectivo transformar o terreno da sua casa numa floresta.
Vivia a plantar árvores!
Bastava retornar do hospital onde trabalhava, para enfiar um fato macaco, um chapéu de palha na cabeça e luvas e lá saía para o terreno...
O estranho não era o passatempo do médico mas a forma como ele tratava as árvores novas. Ele não as regava !
Dizia que regar as plantas fazia com que crescessem com raízes superficiais.
As árvores que não eram regadas, dizia, necessitavam criar raízes profundas para procurar humidade. Isto concedia-lhes maior firmeza.
Falava com as árvores e as motivava a crescerem fortes, a fim de enfrentarem os ventos frios, a neve, as tempestades...
E as árvores tornavam-se rijas, parecendo dizer que as adversidades e as privações as tinham beneficiado.
Nossos filhos, como as árvores do bom médico, talvez encontrem adversidades na vida.
Talvez tenham que percorrer caminhos difíceis, enfrentar ventos frios de solidão, de desesperança.
Eles também necessitam criar raízes profundas, de modo que não sejam abatidos quando a chuva, a neve caírem e os ventos soprarem fortes, tentando derrubá-los.
Aprendamos a dizer não, uma vez por outra, a fim de que os nossos filhos aprendam que nem tudo lhes estará sempre disponível.
Em síntese, ensinemos nossos filhos a andar sozinhos, a enfrentar problemas, a lutar pelo que desejam, para que enrijeçam o carácter e cresçam fortes como o cedro e sejam firmes como a rocha.
Pensemos nos tempos difíceis do mundo e preparemos nossos filhos para que os enfrentem com vigor.

Pensamento da Semana

"Não devemos nos limitar a dar educação às nossas crianças, devemos ensiná-las a ser pessoas". (Herbert Spencer)

Mano Belmonte

http://manobelmontecantor.blogspot.com
manoamano@sympatico.ca


"NÃO DEVEMOS NOS LIMITAR A DAR EDUCAÇÃO ÀS NOSSAS CRIANÇAS, DEVEMOS ENSINÁ-LAS A SER PESSOAS"
(Herbert Spencer)

Foto do Dia


UMA VENDEDORA AMBULANTE INDIANA FAZ UMA PROMOÇÃO DE GUARDA-CHUVAS, NUMA ALTURA EM QUE ÍNDIA É "ATACADA" POR TEMPESTDES.
(Amit Dane/Reuters/CM)




DO PAPA ACTOR AO PAPA PROFESSOR

Mal que foi sucessor de João Paulo II, logo os media o tiveram na mira para confirmar as suas suspeitas. Em 1978, quando foi eleito para suceder a João Paulo I, o Papa Wojtyla, vindo do frio, tinha apenas 56 anos e a imprensa dizia que era um "atleta de Deus". Em 2005, de Roma, a imprensa mundial diria, nalguns casos com manifesto exagero e a roçar a injúria, que o cardeal alemão Joseph Ratzinger era o "rotteweiler de Deus".
Adivinha-se que o ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé não seria um "clone" de João Paulo II, apesar de ter sido o reconhecido ideólogo do Papa polaco.
Eram iguais no conteúdo, mas bem diferentes na forma. Um sabia pisar o palco e por mais que afirmasse o que viria a dizer Bento XVI, fazia-o com bons modos, agradáveis ao mediatismo da Comunicação Social. Um, Bento XVI, continuaria na missão petrina a ser o modelo de professor universitário, muito formal e doutrinador, o outro, o polaco que chegou a Papa, era um bom actor e sabia dizer com agrado o que os media esperavam que fosse dito ou parecesse que fora afirmado, a confirmar que vale mais cair em graça do que ser engraçado...
Ler notícia completa
Adaptação: Mano Belmonte

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ILHA DE SÃO JORGE

SANTO TIRSO - comVIDA...

quarta-feira, julho 15, 2009

ROBERTO CARLOS, O Rei, fez no passado dia 11 de Julho/2009, no Maracanã o show que provavelmente seja o maior de sua vida. Ao vivo pela rede Globo.

O cantor e compositor Roberto Carlos nasceu em 1941 em Cachoeiro do Itaperimim, ES, mudando-se em 1950 para o Rio de Janeiro. Roberto Carlos desempenhou e ainda desempenha papel fundamental na música popular bresileira. Como cantor e compositor soube transitar nesses últimos 50 anos nas diversas modalidades e gêneros musicais. Do rock tímido e ingénuo dos anos 50 até às músicas românticas, passando pelas ecológicas e mesmo religiosas, sempre procurando melhorar e se esmerar em seu trabalho.
O primeiro movimento organizado do rock no Brasil aconteceu em 1958 no Rio de Janeiro com a fundação do Clube do Rock pelo radialista e produtor musical Carlos Imperial, onde se reunem os amantes dessa nova onda musical.
Era a influência de Elvis Presley e outros artistas americanos através do cinema e dos discos, bem como dos Beatles logo em seguida que se fazia presente também no Brasil.
Foi então que candidatos e cantores como Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Tim Maia e outros jovens puderam iniciar suas actividades musicais. Roberto e Erasmo juntaram-se a Edson Trindade e Arlênio Gomes para formarem o conjunto de rock "The Snakes". A partir desses movimentos o rock brasileiro foi se firmando junto ao público jovem e em 1965 estreou na TV Record de São Paulo o programa Jovem Guarda sob o comendo de Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderiéia.
Roberto Carlos destacou-s sempre como um dos líderes desse movimento, tanto cantando como compondo músicas do género. As músicas de maior sucesso de público dessa época foram: 'Quero que tudo vá p'ro inferno', 'Vem quente que estou fervendo', 'Eu te darei o céu', 'Festa de arromba', 'Namoradinha de um amigo meu', entre outras. A partir dos anos 70 com o declínio do movimento Jovem Guarda, Roberto Carlos soube redirecionar sua carreira, passando a cantar e compor músicas do género romântico, sendo até hoje um dos artistas brasileiros de maior prestígio junto ao público. Roberto Carlos tem sido ao longo de quase 50 anos de carreira o artista brasileiro mais popular e mais querido pelo público. Facto marcante na vida de Roberto foi quando em 1979 em visita ao México o Papa João Paulo II foi saudado por um coro de crianças cantando "Amigo" de Roberto e Erasmo Carlos e televisionado para o mundo todo; em 1980 participou da campanha beneficiente para o Ano Internacional da Pessoa Deficiente; suas músicas foram gravadas pelos cantores mais populares do mundo: Júlio Iglésias, Ray Conniff, Caravelli e outros; pelas excursões realizadas em 1982 ganhou o prémio Globo e Cristal da gravadora CBS aos cantores que vendessem mais de 5 milhões de discos fora de seu país de origem; seu disco de final de ano de 1980 com as faixas "Emoções", "Cama e mesa", e "As baleias" teve grande sucesso da crítica e público. Outro facto importanto da carreira de Roberto foi ter ganho o prémio Grammy de melhor cantor latino americano em 1988. Em 1994 foi o primeiro latino americano a vender mais discos que os Beatles e nesse ano atingiu a fantástica marca de mais de 70 milhões de discos vendidos desde seu começo de carreira. Roberto Carlos é considerado um dos mais populares, um dos mais queridos, um dos mais talentosos artistas brasileiros de todos os tempos como cantor e compositor. Teve inteligência, competência e talento para saber a hora de mudar de género como fez em sua transição da fase jovem guarda para a fase romântica com passagens por músicas de cunho social e até mesmo cunho ecológico. Roberto Carlos continua até nossos dias mantendo enorme prestígio, cantando em shows e gravando discos além de seu programa anual de fim de ano na TV Globo.
Roberto Carlos é o maior fenómeno musical brasileiro.

Dárcio Fragoso
Brasil


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A LAMENTÁVEL REALIDADE...

Faleceu CARLOS SILVA

CARLOS SILVA, foi um dos poucos amigos do peito que ainda vamos tendo...

Estamos demasiadamente tristes para delongas sobre uma vida de mérito.. . outro dia, falaremos do amigo sincero, do pai, do avô, do esposo, do homem... e da sua entrega a uma comunidade que lhe foi madrasta.

Adeus amigo, um dia, sabe Deus onde e quando, falaremos do nosso "Porto"...

Condolências profundas à ilustre família.

Mano Belmonte/Maria Regina

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terça-feira, julho 14, 2009

VÍDEO: Convivendo com baleias brancas

Crónica de Coimbra


AMO-TE LUANDA !

Amo o teu enterdecer, ver o teu Sol mergulhar nas águas salgadas da tua Ilha!
Comove-me a hora em que o Sol fica a pique e a luz, amarela e intensa, se derrama sobre os telhados de zinco das tuas cubatas, rebocadas com barro vermelho, os teus raios enigmáticos e divinos. Amo e exacto momento em que o teu mar se torna um imenso devaneio azul esverdeado e as tuas canoas deslizam leves como a palha que corre à superfície da água, carregadas com a rede dos nossos pescadores. Há no entardecer de cada dia, em Luanda, uma infinita poesia. Amo o rumor vegetal das folhas das tuas "Mulembeiras" e "Cajueiros", que estremecem com a brisa morna do fim da tarde, o calor que atordoa o voo dos pardais e "rabos de juncos", e os faz despenharem-se na sombra das palmeiras e das "mangueiras", carregadas de dendém e de mangas. Amo o sopro quente que embala as vozes descombinadas dos que habitam as casas de tijolo e vivem de janelas abertas. Amo os teus becos, as tuas "barrocas" do Miramar, a Casa "Carmona", "Casa Branca", "os Cambutas", "a loja do Santo Rosa", "Catonho-Tonho", "Suba", e todas aquelas que ficavam na Baixa, nomeadamente o "Quintas & Irmão", "Armazéns do Minho" e tantas outras, frequentadas mais pelos brancos de primeira!

Amo o cheiro que se desprende da tua terra vermelha, quando a chuva cai torrencialmente sobre ela, e os corpos das mulatas molhados, a fazerem-se notar, através dos seus vestidos de "chita", os seus rijos, hirtos e belíssimos seios, bem como os desenhos empinados das suas "bundas", que punham um "gajo" a arrotar "peixe pungo"! O andar furtivo dos gatos nos muros que prende o olhar e o torna cúmplice e secreto. O som pesado dos navios que chegam ao porto, no fundo da tua Marginal e se anunciavam com sirenes graves e prolongadas. O movimento das nossas gentes: negros, brancos e mulatos, que voltam de mais um dia vivido como irmãos, e que se dirigem ao "Bê-Ó", Vila Alice, Maianga, ou até no Sambizanga, para visitarem as suas "garinas" e "matar" as saudades dos seus amigos!

E ali está, acolá, lá em cima, a tua fortaleza de São Miguel, à entrada da Praia do Bispo e da tua Ilha, que a luz oblíqua torna mais majestosa, próxima e faz mais presente. Ornamentada por todo aquele arvoredo, capim e "piteiras", mas que, simultaneamente, libertam um perfume doce Africano, que se espalha devagarinho e se sente no ar. Amo o teu luar, as tuas "batucadas", o reco-reco e a "puita", as tuas "farras" no Braguêz, no Desportivo do União de São Paulo e em outros lugares escondidos, secretamente guardados por "Kapangas" por causa das "rusgas"! Cada "Show", cada "merengada", que um "gajo ficava boamado"! Amo a "Ti-Guinhas", cega, que com as suas milagrosas massagens, eliminava de vez o "catolo-tolo"! E a "Tia-Donana", com seus doces de "gingumba" no "Balaio", em cima do passeio, que eram de comer e chorar por mais.

Amo o som do sino da igraja de São Paulo, que tocavam a compasso e marcavam as nossas horas de silêncio e contemplação, quando ao fim da tarde, nos juntávamos em frente à "Minerva", no "Bar Mariazinha"! Amo a rua de São Paulo, o "Magestic", a Farmácia São Paulo, a "Casa Lina, a Drogaria, o Cine-Colonial, a "Auto-reparadora", o "J.Setas", a "Casa Queimada", o "Rex", o "Copacabana", os "Armazéns São Paulo", "Colégio Padre António Vieira", "Campino" com as suas sandes de peixe frito, o nosso Amigo de peito Enfermeiro diplomado LOURO, "Santos Qui-Peixe", Brito da Farmácia (doutor de Quimbundo), "Cravo" com a sua "dobrada", o "Karibala", e tantos outros!

Amo a luz dourada da tarde reflectida nos olhos dos nossos "Kandengues", o barulho do arco de barril e do carro de bordão, com carreto a imitar o motor...todo este barulho íntimo dos seus passos em casa e a voz às vezes rouca da "Chiminha", com que me chamava para fazer amor comigo na esteira, junto à "moringa" e a "Sanga", cheias e água fresca do "Quifagondo"!

Amo-te LUANDA, mesmo longe e afastado de ti há mais de 35 anos! Amo a substância dos dias e a consistência das horas. Os gestos banais, as coisas simples, os risos, as lágrimas e os silêncios partilhados. Amo o teu "cacusso", a tua "gâropa",peixe-galo, peixe pungo, linguado, teus caranguejos de Moçâmedes, tuas lagostas, polvo, "quitetas", "mabanga", fruta-pinha, "maboque", papaia, mamão, manga do Ambriz, ananás, goiaba...Amo o tempo inteiro e a eternidade que germina em mim e à minha volta. Amo Deus em todas as coisas e em cada pessoa. Amo a Nossa Senhora da Muxima, e todos aqueles Amigos que brincaram comigo a "Cabra-Cega", "pede fogo...vai ali", "Camcimbula", "ninguém me atreva até findei", as escondidas, o jogo da malha, saltar a corda, das "berridas", das "baçulas"... Aiué LUANDA!! Amo as casas e as cubatas de "pau-a-pique", de "Luando" cobertas com capim, e os lugares que conheci e que todos os dias me recordo. Amo a intimidade e a verdade. E amo o entardecer, por ser a hora em que tudo se contempla e o momento em que consigo juntar o que anda disperso em mim. Podia viver só ao entardecer.

ADEUS LUANDA...eu por aqui me fico, provavelmente sem te ver mais! Deus assim quer...porque deixou de acreditar nos homens, deixou-nos entregues uns aos outros...deixou de gostar da gente, aliás, não somos nada merecedores da sua Companhia...

Cruz dos Santos (Ninito)
(Coimbra/Portugal)

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Etnografia


















SANTO TIRSO: O Casal Manuel e Adília Soares, residentes nesta cidade, recriaram um trajo tradicional usado por um pescador e sua mulher no princípio do século passado. Desfilarem, com êxito, no cortejo etnográfico aquando das famosas Festas de S. Bento desta encantadora cidade que sita no Douro Litoral .

PARABÉNS!

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