Vamos, todos, acabar com esta crise? Por esse mundo fora varrem as ondas da crise financeira e da recessão económica.
Meus Senhores: o mundo mudou como não teríamos podido imaginar há apenas vinte anos. Mas a velocidade alucinante de todas estas mudanças contrasta com a lentidão e, muitas vezes, a impotência exasperante que as sociedades e as instituições políticas e económicas têm demonstrado para enfrentar os efeitos avassaladores e a natureza interactiva dos novos desafios globais. Há países estruturados para receber fortes impactos negativos, tremendo mas não caindo., como aquelas pontes maravilhosas que abanam com os ventos mas a sua elegante flexibilidade absorve os choques. E, depois, a sua formatação política económica e social, virada para o movimento e o dinamismo, permite por isso mesmo o florescimento de um espírito equivalente de progressismo e optimismo das suas populações. São países onde se pensa e sente que os melhores dias estão para vir. Cá em Portugal, pela nossa parte, cultivamos a crise permanente. Um político "experimentado" disse uma vez: "se não tens nada de concreto a propor, recorre aos adjectivos; um "novo" aqui, um "fundamental" acolá, fica sempre bem e sempre ganhas tempo para pensares em ideias melhores".
Sobre esta crise financeira, que ultimamente tem vindo a registar-se e alastrar pela Europa e pelo Mundo, como a "pandemia da gripe", Albert Einstein disse: "não podemos querer que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a maior benção que pode acontecer às pessoas e aos países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, assim como o dia nasce da noite escura. É na crise, que nascem os inventos, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera-se a si mesmo sem ter sido superado".
Acrecentou ainda:: "...A verdadeira crise, é a crise da incompetência das pessoas e dos países é a dificuldade para encontrar as saídas e as soluções. Sem crises não há desafios, e sem desafios a vida é uma rotina, uma lenta agonia".
Portanto meus Senhores: sem crises não há méritos. É na crise que aflora o melhor de cada um, porque sem crise, segundo Einstein, "todo o vento acarícia". Falar da crise é promovê-los; calar-se na crise, é exaltar o conformismo. Em vez disto, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.
Pensem nisso!
Cruz dos Santos
Coimbra/Portugal