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Capa interior do último trabalho em CD "MB - «50 Anos de Cantigas».
MB - Resumo biográfico pelo Jornalista José Mário Coelho - Toronto/Canadá 2010
Jornal "Portugal Ilustrado" - Toronto/Canadá
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BLOG «Canções & Emoções» por Mano Belmonte
quinta-feira, novembro 20, 2008
Ídolos com pés de barro ou teremos de ir à bruxa ?
É preciso recuar exactamente 53 anos para is buscar ao baú das grandes desgraças da Selecção Nacional uma derrota tão pesada como a que Portugal sofreu nesta madrugada, no Brasil. Foi, tal como hoje, num dia 20 de Novembro mas de 1955. Tal como agora, num jogo particular, contra a Suécia.
Curiosamente, o nosso próximo adversário...
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Adaptação Mano Belmonte // manoamano@sympatico.ca
Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advêm das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto de amor ? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos porquê ? Porque automáticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostariamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as hora livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente connosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido ? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais !!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
Por: Carlos Drummond de Andrade
Adaptação: Mano Belmonte