MÃES ... PRECISAM-SE
Precisam-se de mães, que se assumam como tais, desde o primeiro momento da gravidez, sem matarem, no seu ventre, os seus filhos ou os abandonarem no contentor mais próximo.
Precisam-se de mães, que lavem os seus filhos, lhes mudem a fralda, cantem e falem com eles no colo.
Precisam-se de mães, que saibam perder tempo a ouvir as boas ou as más notícias que os filhos lhes tragam, com prejuízo da telenovela ou da refeição mais requintada.
Precisam-se de mães, que dêem mais beijos que dinheiro, mais diálogo que televisão, mais carinhos que prendas.
Precisam-se de mães, que coloquem a sua família à frente da sua posição social, do seu trabalho, do seu grupo de amigos, ainda que não idolatrando os filhos, mas deixando-os viver na liberdade, nãos os privando da verdade.
Precisam-se de mães, que se interessem pelos estudos dos seus, que não abdiquem da sua autoridade carinhosa, da repreensão oportuna e do estimulo necessário em qualquer idade.
Precisam-se de mães, que desenham espaço para contarem histórias ao seu filho ou filha; ouvir os desabafos da jovem e ajudar, com a experiência, o filho casado.
Precisam-se de mães, que eduquem em comunhão com seus maridos, tendo a capacidade de perdoar, para que o divórcio não aconteça com tanta facilidade.
Precisam-se de mães, que sejam as primeiras educadoras da fé dos seus filhos, para que estes cresçam harmoniosamente.
Mães...precisam-se
João de Deus
(Jornal de Santo Thyrso)