
DO PAPA ACTOR AO PAPA PROFESSOR
Mal que foi sucessor de João Paulo II, logo os media o tiveram na mira para confirmar as suas suspeitas. Em 1978, quando foi eleito para suceder a João Paulo I, o Papa Wojtyla, vindo do frio, tinha apenas 56 anos e a imprensa dizia que era um "atleta de Deus". Em 2005, de Roma, a imprensa mundial diria, nalguns casos com manifesto exagero e a roçar a injúria, que o cardeal alemão Joseph Ratzinger era o "rotteweiler de Deus".
Adivinha-se que o ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé não seria um "clone" de João Paulo II, apesar de ter sido o reconhecido ideólogo do Papa polaco.
Eram iguais no conteúdo, mas bem diferentes na forma. Um sabia pisar o palco e por mais que afirmasse o que viria a dizer Bento XVI, fazia-o com bons modos, agradáveis ao mediatismo da Comunicação Social. Um, Bento XVI, continuaria na missão petrina a ser o modelo de professor universitário, muito formal e doutrinador, o outro, o polaco que chegou a Papa, era um bom actor e sabia dizer com agrado o que os media esperavam que fosse dito ou parecesse que fora afirmado, a confirmar que vale mais cair em graça do que ser engraçado...
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