Crónica do Canadá
Dias Difíceis
Há dias que parecem não ter sido feitos para nós.
Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegamos a pensar que conduzimos o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.
Desde cedo, ao levantarmo-nos da cama pela manhã, encontramos a indisposição do companheiro ou companheira, que nos arremessa com o mau humor acumulado ao longo da noite, mas cremos que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Saimos para a rua, para atender compromissos diários, e defrontamo-nos com um trânsito agressivo por condutores que convertem seus veículos em armas contra os outros...
Constatamos o azedume do funcionário que nos atende mal, ou vemos o cinismo de negociantes que anseiam por nos entregar productos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-nos uns imbecis.
Mesmo assim, admitimos que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.
Encontramos familiares ou pessoas amigas que nos derramam sobre a mente todo um quadro de problemas e tragédias vividos, numa enxurrada de tormentos, perturbando a nossa harmonia ainda frágil, embora não nos permitam desabafar as nossas angústias, nossos dramas ou nossas mágoas aprisionadas na alma.
Em tais circunstâncias, pensamos que devemos aguardar que essas pessoas resolvam seus problemas e... até um novo encontro.
São esses os dias em que as palavras que dizemos recebem uma interpretação negativa, o carinho que oferecemos é mal visto, nossa simpatia parece mero interesse, nossas reservas são vistas como soberba ou má vontade.
Se falamos, desagradamos...Se calamos, desagramos.
Em dias assim, ainda que nos esforcemos por entender tudo e todos, sofremos muito com a acostumada tendência, nessas ocasiões, de desenvolver sentimentos de auto-piedade.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas leis que regem a vida terrena, desejosas de que nos observemos e verifiquemos nossas acções e reacções à frente das mais diversas situações da existência.
Nos dias difíceis da nossa existência, procuremos não nos entregar ao pessimismo, nem ao lado do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que nos inspirariam o abandono dos nossos compromissos, o que tornaria nosso gesto mais infeliz.
Ponhamo-nos de pé, perante quaisquer obstáculos, e sejamos fiéis aos nossos labores, aos deveres de aprender, servir e crescer...
Se superarmos tempos difíceis vindouros, teremos vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da 'guerra' neste mundo temporáriamente nosso.
Confiemos na acção e no poder da luz que Deus representa, e sigamos com entusiasmo para a conquista de nós mesmos, mantendo-nos em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos nossos dias.
Pensamento da Semana
"Não devemos ter medo dos confrontos... Até os planetas se chocam e do caos nascem estrelas" (Charles Chaplin) Mano Belmonte
manoamano@sympatico.ca
http://manobelmontecantor.blogspot.com
Dias Difíceis
Há dias que parecem não ter sido feitos para nós.
Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegamos a pensar que conduzimos o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.
Desde cedo, ao levantarmo-nos da cama pela manhã, encontramos a indisposição do companheiro ou companheira, que nos arremessa com o mau humor acumulado ao longo da noite, mas cremos que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Saimos para a rua, para atender compromissos diários, e defrontamo-nos com um trânsito agressivo por condutores que convertem seus veículos em armas contra os outros...
Constatamos o azedume do funcionário que nos atende mal, ou vemos o cinismo de negociantes que anseiam por nos entregar productos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-nos uns imbecis.
Mesmo assim, admitimos que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.
Encontramos familiares ou pessoas amigas que nos derramam sobre a mente todo um quadro de problemas e tragédias vividos, numa enxurrada de tormentos, perturbando a nossa harmonia ainda frágil, embora não nos permitam desabafar as nossas angústias, nossos dramas ou nossas mágoas aprisionadas na alma.
Em tais circunstâncias, pensamos que devemos aguardar que essas pessoas resolvam seus problemas e... até um novo encontro.
São esses os dias em que as palavras que dizemos recebem uma interpretação negativa, o carinho que oferecemos é mal visto, nossa simpatia parece mero interesse, nossas reservas são vistas como soberba ou má vontade.
Se falamos, desagradamos...Se calamos, desagramos.
Em dias assim, ainda que nos esforcemos por entender tudo e todos, sofremos muito com a acostumada tendência, nessas ocasiões, de desenvolver sentimentos de auto-piedade.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas leis que regem a vida terrena, desejosas de que nos observemos e verifiquemos nossas acções e reacções à frente das mais diversas situações da existência.
Nos dias difíceis da nossa existência, procuremos não nos entregar ao pessimismo, nem ao lado do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que nos inspirariam o abandono dos nossos compromissos, o que tornaria nosso gesto mais infeliz.
Ponhamo-nos de pé, perante quaisquer obstáculos, e sejamos fiéis aos nossos labores, aos deveres de aprender, servir e crescer...
Se superarmos tempos difíceis vindouros, teremos vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da 'guerra' neste mundo temporáriamente nosso.
Confiemos na acção e no poder da luz que Deus representa, e sigamos com entusiasmo para a conquista de nós mesmos, mantendo-nos em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos nossos dias.
Pensamento da Semana
"Não devemos ter medo dos confrontos... Até os planetas se chocam e do caos nascem estrelas" (Charles Chaplin) Mano Belmonte
manoamano@sympatico.ca
http://manobelmontecantor.blogspot.com
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