CHARLES DARWIN
Completaram-se, no dia 12 de Feveiro, 200 anos depois do nascimento do célebre iniciador da teoria da "evolução das espécies", como explicação plausível da origem dos seres vivos e do homem em particular.
No caso do homem, como sabemos, a Sagrada Bíblia, usando imagens e metáforas compreensíveis às pessoas do tempo, conta-nos que Deus tirou o homem do barro, lhe insuflou o espírito da vida e que, duma costela do homem, tirou depois a mulher.
Antes de mais, não podemos esquecer-nos de que não podemos ler a Bíblia à letra, como se de relatório científico ou de texto histórico se tratasse. Uma coisa é a mensagem e outra a forma de a apresentar. Uma coisa é a embalagem e outra o conteúdo. O barro do homem, o sopro de Deus, e a costela donde surgiu a mulher são metáforas belíssimas, de carácter antropomórfico, cheias de significado e de sentido, mas metáforas. Apenas metáforas.
A mensagem que se pretende transmitir é a seguinte: Foi Deus quem criou o homem e a mulher; criou-os por amor; criou-os à Sua imagem e semelhança; criou-os iguais em dignidade e em direitos.
Ao longo dos séculos, esta explicação respondia cabalmente a uma sociedade iluminada pela Fé. Que importava que viesse do barro ou de outro animal anterior? Se Deus interveio na sua origem por um acto de enorme sabedoria e de grande amor...que importava o resto?
A partir do século XVIII, e na sequência das doutrinas iluministas que recusam qualquer explicação para além das da experiência e da razão humana, negando o sobrenatural e desvalorizando a Fé, foram surgindo outras explicações para a origem do mundo, da vida e do próprio homem.
A mais célebre e mais controversa foi dada por Charles Darwin em meados do século XIX, nas suas obras "A Origem das Espécies" e " A Descendência do Homem e a Selecção Sexual". Segundo os evolucionistas seguidores de Darwin, os animais e as plantas actuais (o homem incluído) seriam resultado de uma emorme cadeia evolutiva natural que deu origem aos seres e às espécies.
Assim sendo, o homem seria o fruto da evolução ou da mudança contínua de outros seres anteriores, concretamente do símio ou chimpanzé, que parece o indivíduo mais próximo de nós e o mais parecido connosco.
O homem actual seria o resultado da metamorfose lenta de diversos hominídeos fósseis (pitecantropo, australopiteco etc.) cada vez mais perfeitos - homo erectus - homo habilis - homo sapiens - homo sapiens sapiens (homem que já se mantém de pé e se desloca sem mãos no chão - homem habilidoso que já usa as mãos para fabricar os instrumentos de que precisa - homem inteligente por efeito do desenvolvimento do cérebro - homem pleno de inteligência por ter atingido o completo desenvolvimento cerebral), tudo isto por influência de factores naturais, do meio físico e de necessidades de sobrevivência.
É isto o que se ensina aos nossos jovens das nossas escolas, há muitos anos, nomeadamente na disciplina de História Geral ou Universal, como se de uma verdade indiscutível se tratasse, lançando-se por vezes uma enorme e prejudicial confusão nos seus . Então, quem diz a verdade? - perguntam os estudantes. A Bíblia e o catequista que me disseram que foi Deus quem nos criou ? Ou a História e o professor, que me ensinam que viemos dos macacos?
Embora baseada em sérios e persistentes estudos paleontológicos, aliás convergentes com estudos biológicos e embriológicos, no que diz respeito ao ser humano, sempre incomodou muito explicação tão simplista e radical.
Porque é que alguns chimpanzés evoluíram e deram homens, e outros ficaram sempre chimpanzés até aos nossos dias, apesar de já terem decorrido tantos milhões de anos?
Cientificamente, tem-se vindo a comprovar cada vez com mais certeza que, mesmo fisicamente ( e pondo mesmo de parte a consideração de que homem é um ser também espiritual), há diferenças tão profundas entre símios (macacos) e o homem, que a simples evolução ou transformação das espécies não consegue explicar.
Deus, ao criar a matéria, deu-lhe todas as potencialidades para se desenvolver e diversificar e, quando algum dos seres anteriores atingiu as formas e as capacidades de um corpo humano, criou e infundiu-lhe uma alma, fazendo-o "semelhante a Si" por se tornar também, em parte, espiritual. Em vez da casual alteração de um genes, também hipotética e não provada, temos a criação de uma alma por Quem o podia e quis fazer. A explicação bíblica parece mais fácil e mais razoável.
A este propósito, algumas considerações:
1- A Bíblia não é um livro de Ciência, mas Mensagem e Orientação de Vida para o homem.
2- Cabe aos cientistas investigar e trabalhar no sentido de encontrarem explicação plausível para a origem do mundo, da vida e do próprio homem.
3- Nesse caminho de investigação, todas as hipóteses são legítimas, possíveis e honestas.
4- O que não é honesto, com ou sem o intuito de negar a Bíblia e a intervenção de Deus, é apresentar-se uma mera hipótese como se fosse a última palavra, e ensiná-la à nossa juventude como se fosse um dogma e uma certeza. E isso, é o que se tem feito. Os nossos livros dão explicação evolucionista pura como a única verdadeira e nem sequer referem outras explicações possíveis. Para se negar uma verdade bíblica, apresenta-se uma mera hipótese ainda não suficientemente provada, como se de dogma indiscutível se tratasse.
Contestamos os "dogmas" da Religião...para impormos os "dogmas" da Ciência.
É nisto que não achamos honesto nem correcto.
Fonte: Agência Ecclesia
Adaptação e texto: Mano Belmonte
Completaram-se, no dia 12 de Feveiro, 200 anos depois do nascimento do célebre iniciador da teoria da "evolução das espécies", como explicação plausível da origem dos seres vivos e do homem em particular.
No caso do homem, como sabemos, a Sagrada Bíblia, usando imagens e metáforas compreensíveis às pessoas do tempo, conta-nos que Deus tirou o homem do barro, lhe insuflou o espírito da vida e que, duma costela do homem, tirou depois a mulher.
Antes de mais, não podemos esquecer-nos de que não podemos ler a Bíblia à letra, como se de relatório científico ou de texto histórico se tratasse. Uma coisa é a mensagem e outra a forma de a apresentar. Uma coisa é a embalagem e outra o conteúdo. O barro do homem, o sopro de Deus, e a costela donde surgiu a mulher são metáforas belíssimas, de carácter antropomórfico, cheias de significado e de sentido, mas metáforas. Apenas metáforas.
A mensagem que se pretende transmitir é a seguinte: Foi Deus quem criou o homem e a mulher; criou-os por amor; criou-os à Sua imagem e semelhança; criou-os iguais em dignidade e em direitos.
Ao longo dos séculos, esta explicação respondia cabalmente a uma sociedade iluminada pela Fé. Que importava que viesse do barro ou de outro animal anterior? Se Deus interveio na sua origem por um acto de enorme sabedoria e de grande amor...que importava o resto?
A partir do século XVIII, e na sequência das doutrinas iluministas que recusam qualquer explicação para além das da experiência e da razão humana, negando o sobrenatural e desvalorizando a Fé, foram surgindo outras explicações para a origem do mundo, da vida e do próprio homem.
A mais célebre e mais controversa foi dada por Charles Darwin em meados do século XIX, nas suas obras "A Origem das Espécies" e " A Descendência do Homem e a Selecção Sexual". Segundo os evolucionistas seguidores de Darwin, os animais e as plantas actuais (o homem incluído) seriam resultado de uma emorme cadeia evolutiva natural que deu origem aos seres e às espécies.
Assim sendo, o homem seria o fruto da evolução ou da mudança contínua de outros seres anteriores, concretamente do símio ou chimpanzé, que parece o indivíduo mais próximo de nós e o mais parecido connosco.
O homem actual seria o resultado da metamorfose lenta de diversos hominídeos fósseis (pitecantropo, australopiteco etc.) cada vez mais perfeitos - homo erectus - homo habilis - homo sapiens - homo sapiens sapiens (homem que já se mantém de pé e se desloca sem mãos no chão - homem habilidoso que já usa as mãos para fabricar os instrumentos de que precisa - homem inteligente por efeito do desenvolvimento do cérebro - homem pleno de inteligência por ter atingido o completo desenvolvimento cerebral), tudo isto por influência de factores naturais, do meio físico e de necessidades de sobrevivência.
É isto o que se ensina aos nossos jovens das nossas escolas, há muitos anos, nomeadamente na disciplina de História Geral ou Universal, como se de uma verdade indiscutível se tratasse, lançando-se por vezes uma enorme e prejudicial confusão nos seus . Então, quem diz a verdade? - perguntam os estudantes. A Bíblia e o catequista que me disseram que foi Deus quem nos criou ? Ou a História e o professor, que me ensinam que viemos dos macacos?
Embora baseada em sérios e persistentes estudos paleontológicos, aliás convergentes com estudos biológicos e embriológicos, no que diz respeito ao ser humano, sempre incomodou muito explicação tão simplista e radical.
Porque é que alguns chimpanzés evoluíram e deram homens, e outros ficaram sempre chimpanzés até aos nossos dias, apesar de já terem decorrido tantos milhões de anos?
Cientificamente, tem-se vindo a comprovar cada vez com mais certeza que, mesmo fisicamente ( e pondo mesmo de parte a consideração de que homem é um ser também espiritual), há diferenças tão profundas entre símios (macacos) e o homem, que a simples evolução ou transformação das espécies não consegue explicar.
Deus, ao criar a matéria, deu-lhe todas as potencialidades para se desenvolver e diversificar e, quando algum dos seres anteriores atingiu as formas e as capacidades de um corpo humano, criou e infundiu-lhe uma alma, fazendo-o "semelhante a Si" por se tornar também, em parte, espiritual. Em vez da casual alteração de um genes, também hipotética e não provada, temos a criação de uma alma por Quem o podia e quis fazer. A explicação bíblica parece mais fácil e mais razoável.
A este propósito, algumas considerações:
1- A Bíblia não é um livro de Ciência, mas Mensagem e Orientação de Vida para o homem.
2- Cabe aos cientistas investigar e trabalhar no sentido de encontrarem explicação plausível para a origem do mundo, da vida e do próprio homem.
3- Nesse caminho de investigação, todas as hipóteses são legítimas, possíveis e honestas.
4- O que não é honesto, com ou sem o intuito de negar a Bíblia e a intervenção de Deus, é apresentar-se uma mera hipótese como se fosse a última palavra, e ensiná-la à nossa juventude como se fosse um dogma e uma certeza. E isso, é o que se tem feito. Os nossos livros dão explicação evolucionista pura como a única verdadeira e nem sequer referem outras explicações possíveis. Para se negar uma verdade bíblica, apresenta-se uma mera hipótese ainda não suficientemente provada, como se de dogma indiscutível se tratasse.
Contestamos os "dogmas" da Religião...para impormos os "dogmas" da Ciência.
É nisto que não achamos honesto nem correcto.
Fonte: Agência Ecclesia
Adaptação e texto: Mano Belmonte
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