Num encontro que durou quase três horas, o comentador de televisão criticou a "tendência para o hiper laicismo da sociedade portuguesa", que tem "grande relutância em aceitar as opiniões dos cristãos", sobretudo em campos como a política, a economia e o trabalho.
"É um absurdo que eu, enquanto cristão, não possa dizer o que acho, porque dizem-me logo que isso tem que ser nos lugares de culto, que a religião é uma coisa e a política outra. Não entendem a fé cristã, que não é uma fé para manter secreta. A minha fé quer que eu defenda certos princípios da vida social e política, mas infelizmente é muito frequente encontrar gente inteligente que não aceita argumentos religiosos", explicou Marcelo Rebelo de Sousa.
O professor universitário defendeu também que faz falta "uma maior liberdade" e lamentou que os portugueses sejam "muito críticos na opinião, mas muito dóceis na obediência". Depois recordou que os feriados religiosos perderam força após a secularização. "Quantas famílias de Lisboa se reúnem para a Páscoa? Quase nenhuma, porque também não é funcional na sociedade portuguesa que a família se encontre de forma regular", argumentou.
O professor falou durante largos minutos da relação histórica existente entre a Igreja e o Estado e aconselhou ps católicos a "nunca terem vergonha de se afirmarem como tal", concluindo que "é mais importante ser-se católico do que português".
Fonte: Diário de Coimbra
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