VIVEU E MORREU PELO TEATRO
A grande Laura, a Laura Alves, do teatro, do cinema e da televisão. Brilhante em tudo o que fez.
Enquanto actriz pelo amor imenso que teve sempre pela arte de representar. E como ela representava. De 1950 'As Três Valsas' lado a lado de Villaret e o tenor Tomás Alcaide. Um êxito estrondoso. 'Boa Noite Betina','Margarida da Rua' até 'A Fera Amansada'. Sucessos incomparáveis.
Vivia intensamente para o teatro, dando tanto de si mesma, esquecendo-se muitas vezes da mulher e da sua própria vida. O grande amor pelo empresário Vasco Morgado e a dádiva total que Laura sempre teve para manter as caixas com dinheiro."Vasco, eu dou-te tudo, as minhas jóias, os visons, a minha vida" - La Féria recriou-a no D. Maria II assim. A lembrar o tempo. Outro tempo. Que hoje em dia, as memórias dos grandes são poucas ou nenhumas.
E quando havia uma crise teatral lá estava a Laura cabeça-de-cartaz. A pagar alguns deslizes do Vasco. Representava 'A Idiota' ou esses monumentos 'Flor do Cacto' e 'Rainha do Ferro Velho'. Internacionalizou-se e com Artur Semedo em 'Meu amor é traiçoeiro' deslumbrou Madrid e o Brasil. No cinema 'O Pai Tirano', 'O Leão da estrela', e 'Um Marido Solteiro,' entre outros.
Mas ela fez mais. No teatro de revista varria os palcos do Parque Mayer a esbanjar talento. Vivia pelo teatro. E viu morrer o seu Monumental ali junto à casa onde morou, sentando-se várias vezes nos escombros do mesmo. Morreu a 6 de Maio de 1986 sem nunca ter sido reconhecida como a maior actriz de comédia que foi.
CEM MIL PESSOAS MANISFESTAM-SE NA AVENIDA
No tempo conturbado após o 25 de Abril, Laura e Vera Lagoa, revoltadas com a situação vigente, organizaram uma manisfestação contra o sistema. Foram contestadas, mas, na verdade, a mobilização foi tremenda. Mais de cem mil pessoas desceram a Avenida da Liberdade, mostrando um descontentamente total. Laura sempre foi uma mulher de grandes causas. Sem medos de exprimir os seus sentimentos e ideais. De certo modo, uma contradição com a mulher de gabardine branca, óculos escuros e lenço na cabeça para passar despercebida.
MIGUEL VILLA APRESENTOU UMA GRANDE EXPOSIÇÃO
No teatro de revista, ela foi a vedeta talentosa, não só nas plumas que exibia como também nas rábulas que interpretou. O seu Zé Povinho, e aquele "equilibra-te ó Zé' no tempo da ditadura e a fazer jus a muitas coisas dos dias de hoje. Eram rábulas perspicazes e oportunas.
Miguel Villa, um apaixonado pelo teatro e artistas, organizou uma exposição sobre a Laura. Os vestidos, os adereços, os cartazes e todo um espólio que deveria estar obrigatoriamente num museu com o nome desta grande actriz que foi a rainha do teatro de comédia.
VIU MORRER O MONUMENTAL
Numa época em que o teatro foi tão maltratado, Laura nunca deixou de amar o palco, o lugar onde recebeu do público os maiores aplausos por tudo aquilo que soube representar. Ela foi brilhante nos maiores aitores que escolheu, viajando até Londres tantas vezes, perfeccionista como era e para entender e perceber o bom teatro que Portugal precisava. As comédias de ouro de um tempo em que a cultura era muito mais respeitada. Adoeceu repentinamente e a dor maior foi quando se apercebeu da queda do teatro. Viu morrer o Monumetal.
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A grande Laura, a Laura Alves, do teatro, do cinema e da televisão. Brilhante em tudo o que fez.
Enquanto actriz pelo amor imenso que teve sempre pela arte de representar. E como ela representava. De 1950 'As Três Valsas' lado a lado de Villaret e o tenor Tomás Alcaide. Um êxito estrondoso. 'Boa Noite Betina','Margarida da Rua' até 'A Fera Amansada'. Sucessos incomparáveis.
Vivia intensamente para o teatro, dando tanto de si mesma, esquecendo-se muitas vezes da mulher e da sua própria vida. O grande amor pelo empresário Vasco Morgado e a dádiva total que Laura sempre teve para manter as caixas com dinheiro."Vasco, eu dou-te tudo, as minhas jóias, os visons, a minha vida" - La Féria recriou-a no D. Maria II assim. A lembrar o tempo. Outro tempo. Que hoje em dia, as memórias dos grandes são poucas ou nenhumas.
E quando havia uma crise teatral lá estava a Laura cabeça-de-cartaz. A pagar alguns deslizes do Vasco. Representava 'A Idiota' ou esses monumentos 'Flor do Cacto' e 'Rainha do Ferro Velho'. Internacionalizou-se e com Artur Semedo em 'Meu amor é traiçoeiro' deslumbrou Madrid e o Brasil. No cinema 'O Pai Tirano', 'O Leão da estrela', e 'Um Marido Solteiro,' entre outros.
Mas ela fez mais. No teatro de revista varria os palcos do Parque Mayer a esbanjar talento. Vivia pelo teatro. E viu morrer o seu Monumental ali junto à casa onde morou, sentando-se várias vezes nos escombros do mesmo. Morreu a 6 de Maio de 1986 sem nunca ter sido reconhecida como a maior actriz de comédia que foi.
CEM MIL PESSOAS MANISFESTAM-SE NA AVENIDA
No tempo conturbado após o 25 de Abril, Laura e Vera Lagoa, revoltadas com a situação vigente, organizaram uma manisfestação contra o sistema. Foram contestadas, mas, na verdade, a mobilização foi tremenda. Mais de cem mil pessoas desceram a Avenida da Liberdade, mostrando um descontentamente total. Laura sempre foi uma mulher de grandes causas. Sem medos de exprimir os seus sentimentos e ideais. De certo modo, uma contradição com a mulher de gabardine branca, óculos escuros e lenço na cabeça para passar despercebida.
MIGUEL VILLA APRESENTOU UMA GRANDE EXPOSIÇÃO
No teatro de revista, ela foi a vedeta talentosa, não só nas plumas que exibia como também nas rábulas que interpretou. O seu Zé Povinho, e aquele "equilibra-te ó Zé' no tempo da ditadura e a fazer jus a muitas coisas dos dias de hoje. Eram rábulas perspicazes e oportunas.
Miguel Villa, um apaixonado pelo teatro e artistas, organizou uma exposição sobre a Laura. Os vestidos, os adereços, os cartazes e todo um espólio que deveria estar obrigatoriamente num museu com o nome desta grande actriz que foi a rainha do teatro de comédia.
VIU MORRER O MONUMENTAL
Numa época em que o teatro foi tão maltratado, Laura nunca deixou de amar o palco, o lugar onde recebeu do público os maiores aplausos por tudo aquilo que soube representar. Ela foi brilhante nos maiores aitores que escolheu, viajando até Londres tantas vezes, perfeccionista como era e para entender e perceber o bom teatro que Portugal precisava. As comédias de ouro de um tempo em que a cultura era muito mais respeitada. Adoeceu repentinamente e a dor maior foi quando se apercebeu da queda do teatro. Viu morrer o Monumetal.
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