CRÓNICA DO CANADA
Eterno namoro
Uma das causas apontadas para as separações conjugais tem sido o tédio. Aos poucos, a relação que era cálida, doce, vai assumindo um carácter de mesmice, cansaço e rotina.
Os dias do namoro parecem longínquos, quase apagados, surgindo na tela mental como lembranças ligeiras...
São os filhos que surgem, exigindo cuidados e atenções. É o trabalho profissional que requisita redobrado empenho. São as tarefas domésticas, repetitivas e cansativas.
Com tudo isto, cada cônjugue vai realizando o que lhe compete como se fossem autómatos, robôs.
Nada que escape à rotina das horas e dos dias. Até o lazer do final de semana, as visitas aos pais de um e de outro, seguem programação prévia, com dia e hora marcadas.
Não é de admirar que os anos tragam para o aconchego do casal o tédio. Com ele, o desinteresse pelo outro, o relaxamento nas relações e a frieza.
Observando, no entanto, essas relações conjugais duradouras, que completam bodas de prata, de ouro, temos que convir que é possível manter acesa a chama do amor, no transcorrer dos anos.
O amor pode ser comparado a uma delicada flor: a necessidade de cuidados constantes a fim de não fenecer.
O romantismo que caracteriza o período do namoro deve ser mantido. É importante não abandoná-lo à conta de conceitos como "isto é para os jovens ou já passou o meu tempo".
Existem atitudes mínimas que dão um especial sabor e um quê de novidade ao relacionamento.
Um fim de semana inédito. Por que não deixar as crianças com os avós ou a alguém de confiança e sair para dar um passeio a dois, redescobrindo a lua, contando as estrelas, a ver se o bom Deus já não providenciou outras tantas, desde a época do namoro...
Supreender o afecto com uma declaração de amor, uma observação gentil ao cabelo, ao traje. Pequeninas coisas. Quase insignificantes. Mas que fazem a grande diferença entre a rotina e o delicado e perene tempero do amor que nunca fenece.
Não deixemos para amanhã, nem programemos para o dia do aniversário. Executemos hoje, agora, enquanto é tempo pois que ninguém sabe a hora da partida, quando ficarão somente muitas palavras não ditas, muitos abraços não dados e uma saudade de tudo que não se demonstrou para o outro em afectividade, amor e dedicação.
-o-o-o-o-o-
Pensamento da Semana
"A verdade é o caminho, o bem é a acção, o belo é o sentimento.
Esta é a prática para ser feliz.
Usem-na."
(Autor desconhecido)
Mano Belmonte
manoamano@sympatico.ca
http://manobelmontecantor.blogspot.com
Eterno namoro
Uma das causas apontadas para as separações conjugais tem sido o tédio. Aos poucos, a relação que era cálida, doce, vai assumindo um carácter de mesmice, cansaço e rotina.
Os dias do namoro parecem longínquos, quase apagados, surgindo na tela mental como lembranças ligeiras...
São os filhos que surgem, exigindo cuidados e atenções. É o trabalho profissional que requisita redobrado empenho. São as tarefas domésticas, repetitivas e cansativas.
Com tudo isto, cada cônjugue vai realizando o que lhe compete como se fossem autómatos, robôs.
Nada que escape à rotina das horas e dos dias. Até o lazer do final de semana, as visitas aos pais de um e de outro, seguem programação prévia, com dia e hora marcadas.
Não é de admirar que os anos tragam para o aconchego do casal o tédio. Com ele, o desinteresse pelo outro, o relaxamento nas relações e a frieza.
Observando, no entanto, essas relações conjugais duradouras, que completam bodas de prata, de ouro, temos que convir que é possível manter acesa a chama do amor, no transcorrer dos anos.
O amor pode ser comparado a uma delicada flor: a necessidade de cuidados constantes a fim de não fenecer.
O romantismo que caracteriza o período do namoro deve ser mantido. É importante não abandoná-lo à conta de conceitos como "isto é para os jovens ou já passou o meu tempo".
Existem atitudes mínimas que dão um especial sabor e um quê de novidade ao relacionamento.
Um fim de semana inédito. Por que não deixar as crianças com os avós ou a alguém de confiança e sair para dar um passeio a dois, redescobrindo a lua, contando as estrelas, a ver se o bom Deus já não providenciou outras tantas, desde a época do namoro...
Supreender o afecto com uma declaração de amor, uma observação gentil ao cabelo, ao traje. Pequeninas coisas. Quase insignificantes. Mas que fazem a grande diferença entre a rotina e o delicado e perene tempero do amor que nunca fenece.
Não deixemos para amanhã, nem programemos para o dia do aniversário. Executemos hoje, agora, enquanto é tempo pois que ninguém sabe a hora da partida, quando ficarão somente muitas palavras não ditas, muitos abraços não dados e uma saudade de tudo que não se demonstrou para o outro em afectividade, amor e dedicação.
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Pensamento da Semana
"A verdade é o caminho, o bem é a acção, o belo é o sentimento.
Esta é a prática para ser feliz.
Usem-na."
(Autor desconhecido)
Mano Belmonte
manoamano@sympatico.ca
http://manobelmontecantor.blogspot.com
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