Despenalização e...as drogas!
Falar em drogas, integramos, de imediato, a palavra "toxicodependente"! E falar em toxicodependentes, a sociedade olha com suspeição para os ex-drogados. A maioria das pessoas não acredita na recuperação, "a sociedade acha que os drogados são casos perdidos, por isso trata-os abaixo de cão". Esquecem-se que, qualquer pessoa que anda naquela vida quer sair dela! Quanto a liberalização das drogas é um assunto deveras complexo, até porque o consumo, salvo melhor opinião, ficava mais disponível. Facilitar o consumo é pior! Não se deve despenalizar o consumo de "drogas duras", precisamente por razões sociais. Inicialmente os consumos poderiam descer ligeiramente, mas depois voltariam a subir, como aconteceu em diversos países, nomeadamente na Holanda, um país estigmatizado pelo toxicodependência, e em Espanha, com as "drogas leves".
Não há postura ética que justifique a liberalização, pois a droga é um problema social e a "sociedade é responsável pelos seus membros que adoecem". Para se poder pensar em liberalização, era necessária uma "malha social" que não está devidamente estruturada. As insuficiências vão desde o desemprego à crise do sistema educativo, à afectividade, a falta de cursos industriais e profissionais, enfim, a diversas actividades desportivas e outras, onde os jovens pudessem ocupar os seus dias de lazer, Outro ponto, que causou todo este descalabro, deve-se à imigração, à família, que deu muita liberdade aos filhos, criando um "amontoado" de problemas, principalmente para o caos afectivo; falta de diálogo e de apoio às crianças e adolescentes. Os jovens sentiram-se perdidos e sem modelos. Por outro lado, a sociedade está-se nas tintas para um problema que "é de todos"; cava fracturas e cria dicotomias por vezes intransponíveis. "As pessoas são cada vez mais "nada", num labirinto", onde prevalece a lei do mais forte! É cada vez mais exigente com o indivíduo, que tem de estudar, formar-se, trabalhar, triunfar. Exige uma postura de vencedor, mas não há contrapartidas viáveis, nem referências socioculturais sólidas. O problema tem graves implicações sociais, "pela psicopatologia, depressão e incapacidade de relacionamento com o meio social que provoca no indivíduo". O médico pensa que os riscos inerentes à toxicodependência não diminuíram, porque a busca de sensações novas e a predisposição para condutas ilícitas subsistiriam. No entanto, liberalizar seria, assim, pactuar com o consumo, que leva a uma situação de "dependência-doença". Legitimar é "procurar uma solução mágica para um problema que se quer expurgar". Portanto, quando se fala em liberalizar completamente todas as drogas, isto é...terrível!
Cruz Santos
Coimbra/Portugal
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Falar em drogas, integramos, de imediato, a palavra "toxicodependente"! E falar em toxicodependentes, a sociedade olha com suspeição para os ex-drogados. A maioria das pessoas não acredita na recuperação, "a sociedade acha que os drogados são casos perdidos, por isso trata-os abaixo de cão". Esquecem-se que, qualquer pessoa que anda naquela vida quer sair dela! Quanto a liberalização das drogas é um assunto deveras complexo, até porque o consumo, salvo melhor opinião, ficava mais disponível. Facilitar o consumo é pior! Não se deve despenalizar o consumo de "drogas duras", precisamente por razões sociais. Inicialmente os consumos poderiam descer ligeiramente, mas depois voltariam a subir, como aconteceu em diversos países, nomeadamente na Holanda, um país estigmatizado pelo toxicodependência, e em Espanha, com as "drogas leves".
Não há postura ética que justifique a liberalização, pois a droga é um problema social e a "sociedade é responsável pelos seus membros que adoecem". Para se poder pensar em liberalização, era necessária uma "malha social" que não está devidamente estruturada. As insuficiências vão desde o desemprego à crise do sistema educativo, à afectividade, a falta de cursos industriais e profissionais, enfim, a diversas actividades desportivas e outras, onde os jovens pudessem ocupar os seus dias de lazer, Outro ponto, que causou todo este descalabro, deve-se à imigração, à família, que deu muita liberdade aos filhos, criando um "amontoado" de problemas, principalmente para o caos afectivo; falta de diálogo e de apoio às crianças e adolescentes. Os jovens sentiram-se perdidos e sem modelos. Por outro lado, a sociedade está-se nas tintas para um problema que "é de todos"; cava fracturas e cria dicotomias por vezes intransponíveis. "As pessoas são cada vez mais "nada", num labirinto", onde prevalece a lei do mais forte! É cada vez mais exigente com o indivíduo, que tem de estudar, formar-se, trabalhar, triunfar. Exige uma postura de vencedor, mas não há contrapartidas viáveis, nem referências socioculturais sólidas. O problema tem graves implicações sociais, "pela psicopatologia, depressão e incapacidade de relacionamento com o meio social que provoca no indivíduo". O médico pensa que os riscos inerentes à toxicodependência não diminuíram, porque a busca de sensações novas e a predisposição para condutas ilícitas subsistiriam. No entanto, liberalizar seria, assim, pactuar com o consumo, que leva a uma situação de "dependência-doença". Legitimar é "procurar uma solução mágica para um problema que se quer expurgar". Portanto, quando se fala em liberalizar completamente todas as drogas, isto é...terrível!
Cruz Santos
Coimbra/Portugal
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