A velhice é "lixada"!
A realidade de envelhecimento é um problema muito mais generalizado que o simples desgaste das partes que constituem o nosso corpo. A temporalidade da vida humana é muito curta. Em poucos anos encerramos o espectáculo da existência. Infelizmente, poucos investem em sabedoria neste breve espectáculo, por isso não se interiorizam, não repensam em si. Se enumerarmos os seres humanos que brilharam com a sua inteligência e investiram na sabedoria e compararmos esse número ao contigente da nossa espécie, ele torna-se muito pequeno. Uma coisa é certa, os anos passam e nós vamos ficando velhos. Essa é a verdade! E, à medida que envelhecemos, o sistema imunitário vai enfraquecendo, a digestão torna-se menos eficiente, os pulmões menos elásticos e a respiração mais difícil, o coração fica menos activo e as artérias tornam-se mais grossas e menos elásticas, a regulação da temperatura também deixa de funcionar tão bem e a má circulação do sangue com que sintamos frio nos climas mais quentes. No exterior, a pele torna-se mais fina e enrugada, o cabelo pode ficar grisalho ou cair e os músculos perdem tonificação. Mas, no meio de todo este desenrolar da vida, há velhos novos e novos velhos. Independentemente de qualquer julgamento que possamos fazer, o facto é que esses humanos, cheios de experiência, expandiram o mundo das ideias na campo científico, cultural, filosófico e espiritual. Alguns não se preocuparam com a notoriedade social, preferiram o anonimato, não se importando de divulgar as suas ideias e escrever os seus nomes nos anais da História. Porém, as suas ideias não puderam ser sepultadas, pois germinaram nas mentes e enriqueceram a história da humanidade. Estudar a inteligência desses homens, pode ajudar-nos muito a expandir a nossa própria inteligência. Esses homens que conheceram as dores da existência, não podem de forma alguma, serem olhados de soslaio, nem tão pouco serem postos de parte. Muito pelo contrário, devem ser respeitados e honrados, em toda a sua dignidade. Se interpretar a História é uma tarefa intelectual complexa e sinuosa, imagine como deve ser difícil investigar a inteligência desses nossos "velhos", os níveis da sua coerência intelectual, trabalhos e canseiras de todos esses anos, tristezas e felicidades, a perda de alguns entes familiares e de alguns amigos, as suas capacidades de gerir a construção de pensamentos, de transcender as ditaduras da inteligência, de superarem as dores físicas, emocionais e de abrir as janelas da mente das pessoas que o cercavam. Já tinham pensado nisso?
A velhice é "lixada"! A ciência cala-se quando a velhice começa. A fé transcende a lógica, é uma convicção em que há ausência de dúvida. E a ciência envelhece...mas sobrevive da dúvida como todos nós!
Cruz dos Santos
Coimbra / Portugal
A realidade de envelhecimento é um problema muito mais generalizado que o simples desgaste das partes que constituem o nosso corpo. A temporalidade da vida humana é muito curta. Em poucos anos encerramos o espectáculo da existência. Infelizmente, poucos investem em sabedoria neste breve espectáculo, por isso não se interiorizam, não repensam em si. Se enumerarmos os seres humanos que brilharam com a sua inteligência e investiram na sabedoria e compararmos esse número ao contigente da nossa espécie, ele torna-se muito pequeno. Uma coisa é certa, os anos passam e nós vamos ficando velhos. Essa é a verdade! E, à medida que envelhecemos, o sistema imunitário vai enfraquecendo, a digestão torna-se menos eficiente, os pulmões menos elásticos e a respiração mais difícil, o coração fica menos activo e as artérias tornam-se mais grossas e menos elásticas, a regulação da temperatura também deixa de funcionar tão bem e a má circulação do sangue com que sintamos frio nos climas mais quentes. No exterior, a pele torna-se mais fina e enrugada, o cabelo pode ficar grisalho ou cair e os músculos perdem tonificação. Mas, no meio de todo este desenrolar da vida, há velhos novos e novos velhos. Independentemente de qualquer julgamento que possamos fazer, o facto é que esses humanos, cheios de experiência, expandiram o mundo das ideias na campo científico, cultural, filosófico e espiritual. Alguns não se preocuparam com a notoriedade social, preferiram o anonimato, não se importando de divulgar as suas ideias e escrever os seus nomes nos anais da História. Porém, as suas ideias não puderam ser sepultadas, pois germinaram nas mentes e enriqueceram a história da humanidade. Estudar a inteligência desses homens, pode ajudar-nos muito a expandir a nossa própria inteligência. Esses homens que conheceram as dores da existência, não podem de forma alguma, serem olhados de soslaio, nem tão pouco serem postos de parte. Muito pelo contrário, devem ser respeitados e honrados, em toda a sua dignidade. Se interpretar a História é uma tarefa intelectual complexa e sinuosa, imagine como deve ser difícil investigar a inteligência desses nossos "velhos", os níveis da sua coerência intelectual, trabalhos e canseiras de todos esses anos, tristezas e felicidades, a perda de alguns entes familiares e de alguns amigos, as suas capacidades de gerir a construção de pensamentos, de transcender as ditaduras da inteligência, de superarem as dores físicas, emocionais e de abrir as janelas da mente das pessoas que o cercavam. Já tinham pensado nisso?
A velhice é "lixada"! A ciência cala-se quando a velhice começa. A fé transcende a lógica, é uma convicção em que há ausência de dúvida. E a ciência envelhece...mas sobrevive da dúvida como todos nós!
Cruz dos Santos
Coimbra / Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário