Mariema foi aquela estrela cintilante que brilhou no Parque Mater nos anos 60. Nasceu em Campo de Ourique, em Lisboa, e foi sempre azougada, irreverente, alegre e com um humor contagiante. As suas gargalhadas faziam história.
Estreia-se na revista 'É regar e pôr ao luar', no ABC. Público e crítica aplaudem a sua "excelente presença e talento". Já na 'Ai venham vê-las' tem ao lado de Fernanda Borsati o seu grande momento e no quadro 'As Gémeas'. E nunca mais parou.
Actua nos teatros Maria Vitória e Variedades. E é numa revista que o seu número 'O Fado Mora em Lisboa' (João Vasconcelos e Aníbal Nazaré) torna-se como que um hino sobre a cidade alfacinha, trauteado por toda a gente e em todo o lado.
Um dos maiores êxitos de sempre da música popular portuguesa. E MARIEMA dá um estilo novo, com aquele carisma pessoal, numa voz rouca, quente e repleta de sensualidade. São dezenas de espectáculos pelos teatros e corre mundo com as suas actuações. Grava discos de sucesso absoluto.É premiada pela Casa da Imprensa no mesmo ano que Raul Solnado.
Esteve na série da RTP 'Conta-me como foi' e nos espectáculos de Filipe La Féria. Como agora no palco do São Luiz em Lisboa a convite de Jorge Silva Melo como actriz convidada e na peça de Pirandelo 'Seis Personagens à procura de autor'. Num outro registo. Acarinhada pelo elenco de luxo e do público que a reconhece e aplaude.
VIVER NA CASA DO ARTISTA
Apesar de lesionada e com uma perna em gesso, Mariema continua a ser uma mulher muito activa. E a viver também na Casa do Artista onde se diz sempre "envelhecer é proibido".
Mariema sente-se feliz pelo tratamento que os obreiros da Casa do Artista vão dando a todos os que necessitam. Manuela Maria e uma grande equipa têm sempre uma palavra de carinho para com os artistas que foram vedetas primeiras do espectáculo. É o caso de Mariema, ela iluminou os palcos do Parque Mayer.
Carlos Castro
(Correio da Manhã/Vidas)
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