NATAL E FÉ
Se celebramos com tanta solenidade o nascimento de Jesus, fazemo-lo para testemunhar que cada homem é alguém, única e irrepetível. O Natal, Jesus viveu-o longe de sua casa, no contexto esquálio e anónimo duma gruta, numa situação de marginalidade.
Por essa razão, é que esse dia é enigmático, envolve um não sei quê de extraordinário, de belo, e de humildade, de uma vontade enorme de nos unirmos, e de amar o próximo como a nós mesmos. Aliás, o Natal sempre trouxe consigo alguma luz. Uma luz calorosa, uma luz de paz e de fraternidade!
O Natal, é um acontecimento que verdadeiramente mudou a face do mundo. Não é testemunho disso a atmosfera de alegria que se respira pelas ruas das cidades e das aldeias, nos lugares de trabalho, no íntimo das nossas casas? A festa de Natal entrou nos hábitos como acontecimento incontestado de alegria e de gesto de altruísmo e de amor. Este florescimento de generosidade e de cortesia, de atenção e de desvio, inscreve o Natal nos momentos mais belos do ano, ou até mesmo da vida, impondo-se mesmo àqueles que não têm fé e, no entanto, não conseguem subtrair-se ao fascínio que se desprende desta palavra mágica: NATAL!
Isso explica também o aspecto lírico e poético que envolve esta quadra: quantas melodias pastoris, quantas canções dulcíssimas surgiram à volta desse acontecimento! E que grande carga de sentimento ou, às vezes, de nostalgia ele sabe suscitar! A natureza que nos rodeia adquire nesta dia uma linguagem doce e inocente, que os faz saborear a alegria das coisas simples e verdadeiras, a que o nosso coração aspira, mesmo sem o saber.
Assim sendo, vamos abrir espaços em nossos corações e deixemos que o Menino Deus faça dele a sua morada e realize em nossas vidas seu plano de Amor. Para que, assim, o verdadeiro sentido do Natal, não se perca nas trocas de presentes e algumas palavras frias e sem sentidos.
Cruz dos Santos
Coimbra/Portugal
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