QUE "BOÇALIDADE PRETORIANA"!
Vozes discordantes provindas dos deputados da oposição, controlo e vigilância sobre Órgãos da Comunicação Social, divergências políticas constantes sobre o défice, sobre a política fiscal e monetária, taxas de juro, aumento de impostos, debates e mais debates no Parlamento sobre as escutas telefónicas, sobre o desemprego, reunião do Conselho de Estado, género "Junta de Salvação Nacional", enfim, um assombro que tem vindo a rodear e a preencher todo esse grupo de responsáveis pelo Estado da Nação, interligado a este impasse nacional. O país suspenso dos seus movimentos, a sabê-los em momentos conciliábulos com os detentores do poder, mergulhados em intrigas quezílias burocráticas, atormentados pelas dores de "parirem" o pontapé decisivo no traseiro "comunistóide" de alguns dirigentes políticos, a forjarem razões de peso para injectarem na duplicidade do Presidente a coragem de uma definição. E ei-los, fulminantemente, caídos de borco, neste barco ébrio dos noctâmbulos da revolução. Eleições antecipadas? Gestores e Economistas ao poder? Aproxima-se a hora que marca o fim... até onde juraram ir estes últimos "argonautas da revolução perdida", ou democratas gordos, enfarpelados e despesistas: se falharem, resta a "boçalidade pretoriana" de uma qualquer direita a emergir desta argamassa de oportunistas, herdeiros das repressões que vêm assinalando a sua galopante implantação.
Espectralmente excitada com a presença dos heróis e poetas, de uma luta cujo desfecho no fundo só confia à Nossa Senhora de Fátima, onde alguém, com um olho (nesta terra de cegos), consegue vislumbrar melhor que qualquer outro, que se desgarra em sátiras políticas, distribuindo gargalhadas terapêuticas entre a fidalguia, capitalistas e a "gentalha"! A revolução desvaira no riso destes protagonistas do seu episódio mais vibrante, por entre manifestações carnavalescas, onde o riso é o diluente mágico das suas incertezas. Esta paragem na "tasca", é a dissimulação de um enervado compasso de espera, entre uma "imperial" e o croquete de carne, onde é anunciada, como ameaça, a greve alusiva aos aumentos salariais... a juntar (muitos deles), aos chorudos vencimentos que auferem! É esta a "engrenagem" polémica, que tem vindo a envolver aqueles abastados revolucionários de meia-tigela, egoístas na sua "pedinchice" e agiotas no seu deambular constante cómico de se apalaçar nos "salvadores da Pátria" que ninguém quer.
Trágicos palhaços, que não fazem rir!
Cruz dos Santos
Coimbra/Portugal
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