"NASCIDOS PARA PENSAR"!
Por mais que possamos procurar a racionalidade, a coerência e a serenidade, nenhum ser humano é cem por cento lógico. E se por ventura, alguém conseguir atingir esta percentagem do lógico e do racional, convém fugir dele, pois será um déspota, uma "máquina" de reagir e de julgar rigidamente, estando preparado para se relacionar com máquinas e não com os imprevisíveis e contraditórios seres humanos.
Somos óptimos a julgar e a criticar os outros. Somos imbatíveis a pensar na vida de terceiros. Somos excelentes a decidir o que os outros deviam fazer. Seremos assim tão bons a pensar a nossa vida?
Muitas vezes paramos para pensar porque existimos. Ou porque razão, estamos nesse Mundo, ou como respiramos, sem nos darmos conta de que a quantidade dos nossos pensamentos nem sempre é sonónimo de qualidade. Vale a pena gerir melhor os pensamentos, pois grande parte do nosso bem-estar depende da nossa arquitectura mental. Teremos mais e melhor qualidade da vida quanto maior for o apuro dos nossos pensamentos. Como dizem os especialistas, cumpre ao homem actuar primeiro no seu mundo intelectual para aprender a lidar com o mundo social. Somos humanos e "nascidos para pensar", e não máquinas para sermos comandados. Pensar é, a manisfestação mais sublime da inteligência. Acontece que todos pensamos mas nem todos desenvolvemos qualitativamente a arte de pensar. Se pudéssemos comparar a lista de homens com inteligência superior com a dos que investiram em sabedoria, verificávamos que esta última é menor.
"A mente só consegue resolver os problemas de sobrevivência se for treinada, equipada, educada. Uma vez equipada com os códigos da inteligência, a capacidade de resolução mental ultrapassa os limites da lógica, adquire uma versatibilidade inatingível por parte dos computadores". O ódio e o amor, a arrogância e a humildade nascem em fontes muito próximas, em fontes que transcendem os limites das leis da matemática no indecifrável e imprevisível mundo da mente humana. Consequentemente, quem aprende a decifrar os mais escelentes códigos da inteligência abandona o mundo intolerante, inflexível da lógica, dos números e humaniza-se. Torna-se paulatinamente resistente mas, simultaneamente, maleável, solidário, sensível, compassivo, paciente, generoso e magnânimo. Quantos mais códigos decifra, mais humano se torna um indivíduo, deixando de ser, um deus rígido e auto-suficiente. Infelizmente, como não aprendemos a decifrar os códigos, existem mais "deuses" ignorantes do que seres humanos na Terra, daí a sermos tratados,estatisticamente, por números, após acidentes mortais, e não como seres humanos... como deverímos ser todos tratados, porque "toda a gente é pessoa"!
Cruz dos Santos
Coimbra/Portugal
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