Crónica de Coimbra

CRÓNICA DE COIMBRA

-Cruz dos Santos (Ninito)-

1. A NOSSA TERRA VIVE AMEAÇADA!

Vivemos dias complicados, com frio intenso, acompanhados de fortes chuvadas e inundações, que há muito tempo não se registavam por cá, pela Europa e por esse Mundo. Será que todas estas mudanças atmosféricas, têm a ver com a degradação dos Oceanos, com a erosão e desertificação dos territórios, que há uns anos ainda proporcionavam uma abundante cobertura vegetal? Será dos derramentos do petróleo no mar? Ou dos despojos de fosfatos e nitratos provenientes dos fertilizantes agrícolas, tantas vezes denunciadas pelas Autoridades e Comunicação Social? Meus Senhores: os problemas do meio ambiente são graves: os serviços de esgotos, por exemplo, concebidos e construídos para uma população muito inferior a actual, são incapazes de absorver a avalanche dos resíduos produzidos. Quase metade dos imigrantes, vive em aglomerações superlotadas e sem as mínimas condições de saneamento e higiene. A falta de condições mínimas de vida é a característica comum desses bairros. Assim, nestes últimos quarenta anos, enquanto a população urbana dos países desenvolvidos aumentou apenas para o dobro, os habitantes das cidades dos países em vias de desenvolvimento quadruplicaram. Este desfasamento no crescimento da população urbana entre países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento tornou-se mais patente nos últimos anos, pois enquanto nos primeiros a taxa de crescimento reduziu-se, nos segundos mantém-se a um ritmo inquietante. Dizem os grandes Cientistas, que "os seres humanos estão prestes a provocar uma crise biológica sem precedentes na história da Terra". Alegam ainda, "que as alterações introduzidas são demasiado rápidas e os ecossistemas tendem a simplificar-se, passando a ser, portanto, cada vez mais vulneráveis". E o que se tem vindo a fazer para colmatar todas estas irregularidades contra a Natureza? Nada! A maioria de nós, "marimba-se" para a Natureza, vivem "apetrechados" de lixo, envoltos na "porcaria", continuando a abusar do exercício das suas responsabilidades, com descargas de produtos tóxicos e outros derivados para os rios e ribeiras. Por outro lado, os Serviços de Fiscalização, não dispõe de um número suficiente de Inspectores, para exercer rigorosa vigilância sobre tais prevaricadores. Os objectivos concretizam-se na luta contra tais transgressores, contra a pobreza, pela protecção  do ambiente, pela conservação e pelo uso racional dos recursos florestais, bem como pela protecção dos ecossistemas, desenvolvimento da agricultura e pescas, sem agredir o solo e os Oceanos, respectivamente.

Para já, não se vê quem, pessoa, nação ou Estado, seja capaz de libertar tal esforço. E olhem que é gravíssimo, acreditem!

Cruz dos Santos
Coimbra/Portugal


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