Mano Belmonte
REFLETINDO
'O mais importante'
Conta-se que, certa vez, o imperador D. Pedro II recebeu uma carta dos seus admiradores, que dizia que eles haviam decidido abrir uma lista a fim de angariar fundos suficientes para erigir uma estátua ao imperador.
D. Pedro leu com vagar a missiva. Depois, redigiu a resposta aos promotores do movimento, pedindo-lhes que aplicassem o produto da lista na instalação de escolas para o povo.
Entre outros apontamentos, escreveu:
"Senhores, sabem como sempre tenho falado no sentido de cuidarmos seriamente da educação pública."
"Nada me agradaria tanto como ver a nova era de paz, firmada sobre o conceito da dignidade dos brasileiros, começar por um grande ato de iniciativa deles a bem da educação pública."
"Agradecemos a ideia que tiveram da estátua. Estou certo de que não serei forçado a recusá-la."
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Perante o pensamento do imperador, leva-nos a afirmar que, utilizar bem os recursos angariados é demonstração de sabedoria.
Empreender campanhas em prol desta ou daquela causa também.
Sempre que nos prestarmos a arrecadar fundos, a colaborar para o bem geral, pensemos no que é mais apropriado.
Verifiquemos quais as necessidades da localidade onde vivemos, e que causa queremos ajudar e nos perguntemos: o que é mais importante?
Dinheiro não é fator absoluto de felicidade, mas pode concretizar a felicidade de muitos..
Pode se transformar no remédio ao doente, na gota de leite à criança faminta, no teto ao velhinho sem família ou em abandono.
Pouco dinheiro pode comprar um pão, muito dinheiro pode abrir um negócio que empregue vários pais de família, a fim de que muitas crianças tenham pão na mesa. E não somente pão...
Assim, toda a vez que o dinheiro circular pelas nossas mãos destinado à beneficiência, sentirnos-emos, cada vez mais, motivados a realizar campanhas, pensando sempre no mais necessário.
Irmos além realizaremos melhor
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