E nós, encolhemos os ombros!
O drama português é o empobrecimento absoluto e relativo. É sermos campeões da falta de grandezas. Manuel da Fonseca, um dos maiores escritores portugueses do século XX, costumava dizer: "Portugal é o país que há, e os portugueses são o povo que se arranja".
Portugal está "embrulhado" em mentiras, em falsificações e "untado" de corrupção. Anda entretido com o "fado choradinho" e está-se a "marimbar" para o desemprego e para o défice. A questão é simplesmente que os portugueses deixaram de olhar para fora. Só contemplam o seu umbigo. Obviamente, é no domínio polítido que mais emerge a tentação e o uso do poder, ao ponto de estar bem consagrada a proposição "o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente".
Os políticos manipulam a nossa benevolência, prometem-nos melhorias, cavalgam as nossos mais rústicas e asseadas esperanças. "A táctica de criar papões e inimigos difusos e sujos parece que dá resultado a arregimentar e excitar os fiéis, mas revela um soberano desprezo pela inteligência do eleitorado, já muito causticado, coitado dele". Eles, não fazem ideia da causa da pasmaceira, como mostram os discursos de ministros e candidatos. Nemhum anda sequer próximo de apontar as verdadeiras razões. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo, tudo é improvisado, temporário, desenrascado. Portugal empolgou-se de valores abstractos. João César das Neves, diz numa das suas crónicas, que: "Portugal não tem projectos, tem direitos. Não aumenta a produtividade, desinfecta aos mãos da gripe A"!
Agora, a joia da coroa é o "TGV". Não é que sirva para nada por ali além, mas já viram que nas estatísticas da OCDE passamos a entrar como país com alta velocidade derroviária, enquanto os parolos dos Irlandeses, Finlândia, Suecos, etc., se calhar ainda se deslocam em carros de bois. E depois, que diabo, quem tem tantos e luxuosos estádios de futebol, até parece mal não ter um TGV!
Cruz dos Santos
Coimbra/Portugal
O drama português é o empobrecimento absoluto e relativo. É sermos campeões da falta de grandezas. Manuel da Fonseca, um dos maiores escritores portugueses do século XX, costumava dizer: "Portugal é o país que há, e os portugueses são o povo que se arranja".
Portugal está "embrulhado" em mentiras, em falsificações e "untado" de corrupção. Anda entretido com o "fado choradinho" e está-se a "marimbar" para o desemprego e para o défice. A questão é simplesmente que os portugueses deixaram de olhar para fora. Só contemplam o seu umbigo. Obviamente, é no domínio polítido que mais emerge a tentação e o uso do poder, ao ponto de estar bem consagrada a proposição "o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente".
Os políticos manipulam a nossa benevolência, prometem-nos melhorias, cavalgam as nossos mais rústicas e asseadas esperanças. "A táctica de criar papões e inimigos difusos e sujos parece que dá resultado a arregimentar e excitar os fiéis, mas revela um soberano desprezo pela inteligência do eleitorado, já muito causticado, coitado dele". Eles, não fazem ideia da causa da pasmaceira, como mostram os discursos de ministros e candidatos. Nemhum anda sequer próximo de apontar as verdadeiras razões. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo, tudo é improvisado, temporário, desenrascado. Portugal empolgou-se de valores abstractos. João César das Neves, diz numa das suas crónicas, que: "Portugal não tem projectos, tem direitos. Não aumenta a produtividade, desinfecta aos mãos da gripe A"!
Agora, a joia da coroa é o "TGV". Não é que sirva para nada por ali além, mas já viram que nas estatísticas da OCDE passamos a entrar como país com alta velocidade derroviária, enquanto os parolos dos Irlandeses, Finlândia, Suecos, etc., se calhar ainda se deslocam em carros de bois. E depois, que diabo, quem tem tantos e luxuosos estádios de futebol, até parece mal não ter um TGV!
Cruz dos Santos
Coimbra/Portugal
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