O Mirandês é uma língua românica falada no NE de Portugal, em mais de 30 localidades dos concelhos de Miranda do Douro e de Vimioso. Faz parte do conjunto de variedades linguísticas asturo-leonesas, e as suas características próprias decorrem de o território onde se fala integrar a nacionalidade portuguesa desde a sua origem. A formação da língua mirandesa foi um processo longo, em que ressalta o contacto com a língua leonesa falada nas regiões vizinhas de Aliste e Sayago, onde o castelhano só recentemente se impôs. Ao longo do tempo a língua mirandesa foi-se recompondo sempre, continuando viva nos nossos dias.
O mirandês foi reconhecido como uma língua oficial de Portugal pela Lei n}7/99, de 29 de Janeiro de 1999. A sua escrita segue a Convenção Ortográfica da Língua Mirandesa, publicada em 1999 e a que em 2000 se seguiu uma Primeira Adenda. Estima-se que o número dos seus falantes poderá variar entre 7 e 10 mil.
O mirandês manteve-se como língua exclusivamente oral até 1882, altura em que José Leite de Vasconcelos a dá a conhecer à comunidade científica, escreve os primeiros textos e publica os estudos fundamentais em "Estudos de Philologia Mirandesa" (1900-1901). Desde então, embora de modo irregular, vão surgindo escritores e estudiosos da língua, sendo de destacar António Maria Mourinho que manteve viva a atenção em relação à cultura e à língua mirandesas desde os anos quarenta do século XX.
Após a proposta de lei apresentada pelo deputado mirandês Júlio Meirinhos e a sua conversão na lei n}7/99, de 29 de Janeiro de 1999, o mirandês suscitou uma onda de interesse sem precedentes, tendo-se vindo a realizar um grande esforço de recuperação da memória linguística e de transmissão dos saberes colectivos. Na sua divulgação têm tido um papel fundamental os músicos mirandeses e outros, bem como uma geração de escritores mirandeses que tem vindo a surgir, publicando quer obras originais quer traduções e, em particular, na internet.
Como língua de Portugal, o mirandês é um valor seguro da cultura e da identidade portuguesas. A divulgação da cultura mirandesa, de modo adequado, e o carinho em relação à língua mirandesa são essenciais para que essa língua se mantenha viva, ultrapassando as dificuldades que tem vindo a enfrentar... uma parte importante da riqueza cultural de Portugal que está em causa, integrante do património imaterial da humanidade.
Pesquisa e adaptação: Mano Belmonte
manoamano@sympatico.ca
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O mirandês foi reconhecido como uma língua oficial de Portugal pela Lei n}7/99, de 29 de Janeiro de 1999. A sua escrita segue a Convenção Ortográfica da Língua Mirandesa, publicada em 1999 e a que em 2000 se seguiu uma Primeira Adenda. Estima-se que o número dos seus falantes poderá variar entre 7 e 10 mil.
O mirandês manteve-se como língua exclusivamente oral até 1882, altura em que José Leite de Vasconcelos a dá a conhecer à comunidade científica, escreve os primeiros textos e publica os estudos fundamentais em "Estudos de Philologia Mirandesa" (1900-1901). Desde então, embora de modo irregular, vão surgindo escritores e estudiosos da língua, sendo de destacar António Maria Mourinho que manteve viva a atenção em relação à cultura e à língua mirandesas desde os anos quarenta do século XX.
Após a proposta de lei apresentada pelo deputado mirandês Júlio Meirinhos e a sua conversão na lei n}7/99, de 29 de Janeiro de 1999, o mirandês suscitou uma onda de interesse sem precedentes, tendo-se vindo a realizar um grande esforço de recuperação da memória linguística e de transmissão dos saberes colectivos. Na sua divulgação têm tido um papel fundamental os músicos mirandeses e outros, bem como uma geração de escritores mirandeses que tem vindo a surgir, publicando quer obras originais quer traduções e, em particular, na internet.
Como língua de Portugal, o mirandês é um valor seguro da cultura e da identidade portuguesas. A divulgação da cultura mirandesa, de modo adequado, e o carinho em relação à língua mirandesa são essenciais para que essa língua se mantenha viva, ultrapassando as dificuldades que tem vindo a enfrentar... uma parte importante da riqueza cultural de Portugal que está em causa, integrante do património imaterial da humanidade.
Pesquisa e adaptação: Mano Belmonte
manoamano@sympatico.ca
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